14.5 C
Brasília

Adventistas estão de mãos dadas com os refugiados que chegam ao Brasil

Data:

Compartilhe:

O Dia Mundial do Refugiado, lembrado em 20 de junho, é uma oportunidade para homenagear a coragem, a resiliência e a força de todas as mulheres, homens e crianças forçadas a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos armados e perseguições. Essa data tem um significado especial para a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, a ADRA, instituição mantida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, presente em mais de 118 países. A agência representa uma oportunidade de levar justiça, compaixão e amor às mais de 80 milhões de pessoas que foram obrigadas a fugir de suas casas em todo o mundo.

Crianças e suas famílias que chegam em busca de um futuro melhor em nosso país são acolhidos pela Adra

A falta de moradia e o acesso ao mercado de trabalho são os principais desafios enfrentados atualmente pelos refugiados e solicitantes de refúgio que vivem no Brasil. Em relação ao trabalho, os principais problemas apontados por esse grupo são: dificuldade em encontrar emprego, baixos salários, falta de qualificação profissional, trabalho informal (sem carteira assinada), delonga na emissão de documentos, entre outros fatores. Havendo detectado essas necessidades, a ADRA Brasil desenvolveu projetos para beneficiar os refugiados nestas questões.

Segundo Fábio Salles, líder da agência no país, desde janeiro de 2020 até maio de 2021, a ADRA atendeu 60.112 refugiados por meio de quatro projetos de desenvolvimento para este grupo. “Além de atender emergências, contamos com projetos contínuos de desenvolvimento humano. Parte desses projetos trabalham diretamente com os refugiados”, afirma.
Para Salles, é importante valorizar, neste 20 de junho, a contribuição que os refugiados trazem ao Brasil. “Embora a Covid-19 tenha criado grandes dificuldades para a continuidade do nosso trabalho com este grupo específico, continuamos avançando com o objetivo de oferecer melhor qualidade de vida a essas pessoas que, em sua maioria, são muito trabalhadoras. Auxiliadas da forma correta, elas podem trazer grandes benefícios ao nosso país”, realça.

A venezuelana Esther Govia, atravessou a fronteira, em plena pandemia, e encontrou apoio para recomeçar na Adra

A venezuelana Esther Govia, que atualmente mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, vivenciou o resultado do cenário de crise que percorre questões políticas, econômicas e sociais no país vizinho do Brasil. Com dificuldades para trabalhar, Esther, seu marido e seu filho cruzaram a fronteira da Venezuela na busca de uma nova vida em terras brasileiras. A família chegou em novembro de 2019 e logo em seguida começou a sentir os efeitos da Covid-19. “Ficou complicado arranjar um emprego. Não tinha quem cuidasse do meu filho. Apenas meu esposo trabalhava. A questão financeira estava difícil. Tínhamos apenas o básico. Poucos alimentos e alguns itens importantes começaram a faltar”, conta Esther.

Vida melhor

Quando a situação começava a piorar, a família de Esther conheceu o projeto Connect Brasil, promovido pela ADRA, que rendeu à Esther soluções para grande parte de seus problemas. O projeto, que ainda está em andamento, conta com a parceria da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento (USAID), e propicia parcerias com empresas, apoio de elaboração de currículos, oferta de cursos profissionalizantes e muito mais.

“Quando conheci a ADRA, soube que eles tinham dois projetos: um para empreendedorismo e o outro para ajudar a encontrar emprego”, complementa Esther, que escolheu o caminho do empreendedorismo. Foi aí que ela começou suas aulas de culinária.

A venezuelana confessa que não tinha dons para trabalhar na cozinha, mas através das técnicas que aprendeu no curso, desenvolveu o gosto pela profissão e adquiriu novas habilidades. “Com isso, montei minha empresa e aprendi a fazer bolos e doces. Esse curso teve um impacto muito grande na vida da minha família. No início ganhamos até mesmo os ingredientes. Eu não gastava nada e comecei a ver o lucro. Aquilo me incentivou muito e ajudou a suprir as nossas necessidades”, comemora.

Além de ter suprido os problemas financeiros, a confeiteira salienta que o seu lado emocional também sentiu os benefícios do empreendimento. “Sou uma pessoa ativa e isso foi uma bênção, uma satisfação de poder criar algo com minhas mãos. Me senti útil”, relata, emocionada.

*Reportagem de RafaelBrondani @rafabrondani

zuleika

Quem é Zuleika Lopes

3
- Publicidade -publicidade

FAVORITOS

━ Relacionadas

Operação Conatus: Polícia Civil do DF prende autor de tentativa de feminicídio no Guará

A Operação Conatus foi deflagrada pela 4ª Delegacia de Polícia da Polícia Civil do Distrito Federal com o objetivo de reprimir crimes violentos contra...

Casa de Cultura do Guará recebe a Oficina de Música Teatral para Bebês

O evento acontece no próximo domingo, 31/08, em dois horários: às 10 horas para bebê não caminhantes e às 11h para bebês caminhantes com...

Wesley Safadão e Natanzinho estarão em Brasília para encerrar o Distrito Junino 2025

O maior circuito de quadrilhas juninas do Centro-Oeste acaba nos dias 29 e 30 de agosto, na Esplanada dos Ministérios. O encerramento do Distrito...

PMDF prende motorista por embriaguez ao volante no Guará II

A Polícia Militar do Distrito Federal, por meio do BPTran/Companhia de Motociclistas, prendeu um homem por embriaguez ao volante na tarde desta segunda-feira (25),...

Segurança lança campanha de conscientização contra a violência doméstica no Agosto Lilás

Ação propõe mobilização coletiva e fortalece a rede de proteção às mulheres no Distrito Federal Com o objetivo de chamar a atenção para a importância...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, insira seu comentário!
Por favor digite seu nome aqui

error: Conteúdo protegido