Atenta a essa realidade, Portal do Jovem Empreendedor busca auxiliar pessoas de baixa renda com a oferta de cursos profissionalizantes a preços acessíveis
A crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19 deve se estender pelos próximos dois anos, segundo um levantamento realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O cálculo leva em consideração o alto índice de desemprego que deve atingir o mundo até 2023. De acordo com os dados divulgados no último mês, a probabilidade é de que 205 milhões de pessoas percam seus postos de trabalho até o fim do ano que vem. A pesquisa também revela que 187 milhões de pessoas perderam o emprego em 2020.
A América Latina, segundo o estudo, está entre as regiões mais afetadas por essa crise econômica. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no primeiro trimestre de 2021 o Brasil registrou um recorde histórico de 14,8 milhões de pessoas desempregadas, um aumento de dois milhões em comparação com o mesmo período do ano anterior. A região mais atingida é o Nordeste.
Educação e empregabilidade
A pesquisa do IBGE ainda aponta que pessoas com formação intermediária são as primeiras a perderem seus empregos devido à crise, enquanto um trabalhador com nível superior completo tem 95,3% de chance de continuar empregado por pelo menos cinco trimestres a mais. Quando os profissionais com Ensino Fundamental completo e Ensino Médio incompleto são analisados, esse percentual despenca para 87,4%.
Para Bruno Sampaio Gonçalves, diretor da escola profissionalizante Portal Jovem Empreendedor, a formação profissional ajuda a reduzir as chances de uma demissão. Se a recolocação no mercado de trabalho tem tirado o sono de muitos, conseguir o primeiro emprego acaba se tornando uma tarefa, por vezes, ainda mais árdua, principalmente pela falta de experiência. “Por isso criamos o Portal Jovem Empreendedor. Nosso público-alvo são pessoas de baixa renda que precisam de uma certificação profissional e aquelas que buscam o primeiro emprego. O Portal ajuda pessoas a conseguirem uma colocação no mercado de trabalho principalmente em áreas que não sofreram tanto com a crise gerada pela pandemia, como farmácias, mercados, entre outros setores”, cita Gonçalves.
Portal Jovem Empreendedor
O Portal Jovem Empreendedor oferece mais de 20 cursos profissionalizantes nas mais diversas áreas, como Auxiliar Administrativo, Operador de Caixa, Atendente de Farmácia e Informática, que são os mais procurados no portal. Atualmente, a escola conta com cinco mil novos alunos por mês, totalizando mais de 65 mil matrículas ativas. “Cada curso conta com professores altamente capacitados e tem carga horária que varia de 20 a 400 horas, dependendo da área escolhida. Os alunos estudam través de uma plataforma com videoaulas e apostilas em PDF”, cita o diretor.
A maioria dos cursos do Portal Jovem Empreendedor são divididos em dois pacotes: plano básico e plano completo, com valores que variam de R$67 a R$197. Gonçalves complementa que os alunos não pagam mensalidade, apenas a taxa de inscrição. “Com menos de R$100 você se inscreve e pronto. Essa taxa pode ser parcelada, dando ainda mais acessibilidade aos interessados”, explica.
De acordo com Gonçalves, o Portal Jovem Empreendedor incentiva a profissionalização para que as pessoas tenham melhores condições de vida mesmo sem ter frequentado uma faculdade, seja pela falta de oportunidade ou por dificuldades financeiras.
Certificação Profissional
Para a dona de casa Luciana Leal, de 37 anos, os cursos de Auxiliar Administrativo e Informática Empresarial, concluídos no ano passado, foram o pontapé para adquirir certificação profissional, já que ela nunca pôde frequentar uma faculdade. “Só tenho a agradecer por tudo o que o Portal Jovem Empreendedor fez por mim. Fui motivada pelos professores, que se dedicam muito aos alunos, a continuar estudando. Eles têm uma didática exemplar. Agora já faço planos para conseguir emprego e enfim entrar na faculdade com o dinheiro que eu ganhar. Conhecimento é tudo e hoje estou muito feliz”, comemora.
Gonçalves declara que veio de uma família humilde e sentiu necessidade de criar uma escola profissionalizante que atendesse pessoas de baixa renda, a fim de ajudá-las a adquirir conhecimentos específicos. “Agora o nosso sonho é ganhar reconhecimento nacional e nos tornarmos referência como escola de cursos profissionalizantes, para que muitas outras pessoas tenham a chance de se posicionar melhor no mercado de trabalho”, finaliza o diretor