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Brasilienses estão bebendo e dirigindo com mais frequência em 2021, segundo dados

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Ainda faltam 18 dias para o fim de 2021, e o número de condutores flagrados dirigindo sob efeito de álcool no Distrito Federal é 10,6% maior do que o registrado nos 12 meses de 2020. E o número deve aumentar, com as festas de fim de ano. De acordo com uma pesquisa feita pelo presidente do Instituto Brasileiro de Segurança no Trânsito (IST) e professor da Universidade de Brasília (UnB), David Duarte, cerca 200 mil pessoas dirigem embriagadas a cada fim de semana no DF. A fim de intensificar a fiscalização, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) vai realizar uma operação especial que deve durar até janeiro de 2022.

“Entrevistamos 3 mil condutores e perguntamos: ‘no último mês você bebeu e dirigiu?’ O resultado foi uma expansão da amostra”, explica David. Segundo o especialista, o metabolismo do álcool é lento e os efeitos demoram a passar. “O organismo, em média, elimina 1,5 g álcool/litro de sangue a cada uma hora. Um homem de 75kg, depois de tomar um chope por hora durante quatro horas, leva 24 horas. O metabolismo é muito lento”, complementa.

O professor afirma que há dois principais problemas que fazem com que a combinação álcool e direção seja proibida. “Primeiro, que o álcool muda o comportamento. E mudar o comportamento no trânsito significa que a pessoa começa a negligenciar riscos, a não respeitar as regras e a desrespeitar outros usuários, como pedestres e demais motoristas. Implica em aumento de riscos. O segundo problema é físico. A pessoa passa a enxergar mal, perde o foco, visão dupla, diminui a destreza e os reflexos. Em qualquer situação de risco, em vez de reagir em um segundo, demora dois ou três”, detalha. Para o especialista, é preciso educar as pessoas para que se tenha um entendimento pleno dos riscos da direção sob efeito de álcool.

O prejuízo foi causado por um motorista bêbado que acabara de sair de um bar. Bateu e fugiu

A pena para quem dirige sob efeito de álcool muda quando há morte envolvida. De acordo com Anderson Gomes, presidente da Comissão de Direito de Trânsito da Ordem dos Advogados Seccional do DF (OAB/DF), a dinâmica do caso pode mudar a interpretação judicial. “A regra geral é homicídio culposo, pelo Código de Trânsito Brasileiro, mas, dependendo da circunstância, a classificação pode mudar para dolo eventual. A pessoa, então, deixaria de responder de acordo com o Código de Trânsito e passaria para a esfera penal, com punições mais severas”, explica. Segundo ele, o dolo eventual é adotado quando se assume o risco de matar. “A pessoa não quer chegar àquele resultado, mas assume o risco daquele evento acontecer”, detalha.

Fiscalização

De acordo com o Detran-DF, dirigir sob efeito de álcool ou de qualquer substância psicoativa configura infração gravíssima. A multa é de R$ 2.934,70, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é suspensa por um ano e o veículo recolhido. O diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do departamento, Glauber Peixoto, afirma que a tolerância para esse tipo de infração é zero. “Quando a pessoa faz o teste e acusa 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido no aparelho, ela vai responder com multa e pelo crime de trânsito. Quando a pessoa apresenta sinais de embriaguez, mesmo sem fazer o teste, ela também pode ser encaminhada à delegacia”, frisa.

Fiscalização

Ele conta que, durante as festas de fim de ano, é esperado que a ingestão de bebida alcoólica aumente, e o Detran-DF prepara uma operação especial para reforçar a fiscalização durante o período. “O departamento faz um mapeamento de locais que têm pessoas consumindo bebida alcoólica. Bares, restaurantes, eventos e shows. Com esse mapeamento, as operações são realizadas nas proximidades, com o intuito de que as pessoas não continuem dirigindo e colocando outras pessoas em risco”, diz. Glauber pede que as pessoas se planejem para as saídas. “Se tem a intenção de beber, não vá de carro. Combine uma carona, um transporte por aplicativo. O que não pode é pegar na direção depois de beber”, complementa.

*Com informações do Correio Braziliense

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Quem é Zuleika Lopes

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