O Distrito Federal já possui transmissão comunitária da variante ômicron. A informação foi confirmada durante coletiva de imprensa da Secretaria de Saúde, nesta quinta-feira (30). A conclusão foi obtida após a identificação de três novos casos de infecção pelo vírus em pessoas que não viajaram ou tiveram contato com viajantes, sendo duas mulheres e um homem, com faixa etária de 30 a 49 anos.
O sequenciamento genômico foi realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF). De um total de 22 amostras sequenciadas, nove tiveram resultado positivo para a variante ômicron, incluindo os três casos de transmissão local. As outras 13 amostras foram positivas para a variante Delta.
Dos novos casos sequenciados, todos são residentes do DF, estão com sintomas leves e possuem, pelo menos, duas doses de vacina. Com isso, o Distrito Federal passa a ter 26 casos da ômicron.
“É uma situação em que a prevalência ainda é do variante delta. A vigilância genômica faz parte da rotina. Hoje, o objetivo é testar as pessoas para que elas não saiam de casa contaminando familiares e amigos. Ainda é preciso reforçar as medidas de etiqueta respiratória, continuar utilizando máscara, álcool gel, evitar aglomerações. Essas medidas também valem para prevenir o contágio da Influenza A, que tem tido aumento de casos”, explica Priscilleyne Reis, chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (Cievs-DF).
De acordo com o secretário adjunto de Assistência, Fernando Erick Damasceno, a alta transmissibilidade é uma característica da variante ômicron, que geralmente causa maior incômodo na garganta de quem está contaminado. Por isso, o foco atualmente é aumentar a testagem para eliminar o risco de pessoas infectadas nas ruas, circulando com o vírus.
“Como ampliamos o número de testagem, até porque aumentou o número de pessoas com sintomas gripais, houve aumento do número de detecção de pessoas com a covid-19. É esperado um aumento do número de casos em janeiro devido às festividades, mas a expectativa é que esse número não venha acompanhado de internações e óbitos por consequência da vacina”, esclarece.
*Com informações da Secretaria de Saúde