Sou portadora de insuficiência cardíaca há 5 anos e sempre me tratei no Hospital do Guará, que considero um atendimento de excelência que prolonga meus anos de vida de forma saudável. Na imagem da capa está o cardiologista Diego Martins, que trata a mim e aos demais pacientes com muito profissionalismo e atenção no CEDHIC
Para melhorar o atendimento a uma população de quase 400 mil habitantes (dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem investido em reformas dos equipamentos já existentes e em construções de novas unidades na Região Centro-Sul de Saúde. A área abrange Candangolândia, Estrutural, Guará, Park Way, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA).
Em 2023, o governo do DF, por meio da SES-DF, investiu mais de R$ 4 milhões em reformas de unidades de saúde na área. “Neste ano de 2024, esperamos receber um aporte ainda maior”, avalia o superintendente da Região de Saúde Centro-Sul, Ronan Garcia. Atualmente, explica ele, há oito processos de melhorias: a cozinha e a pediatria do Hospital do Guará (HRGu) e a cozinha e o arquivo do Instituto de Saúde Mental (ISM), além das UBSs 2 e 3 do Guará, UBS 1 do Núcleo Bandeirante, UBS 1 do Riacho Fundo e UBS 2 da Estrutural.
A reforma no HRGu é um dos destaques, uma vez que a unidade é referência em atendimento de clínica médica e pediátrica, sobressaindo-se pela linha materno-infantil robusta e pelo serviço de pronto-socorro em pediatria. As melhorias que já ocorrem na cozinha da unidade vão levar conforto aos servidores e mais segurança na manipulação dos alimentos oferecidos aos pacientes.
As intervenções na ala pediátrica começam na segunda etapa. ”O projeto inclui a criação de novos consultórios pediátricos, com um ambiente mais adequado ao atendimento, bem como uma sala vermelha pediátrica mais estruturada. Além disso, será disponibilizado um banheiro exclusivo para as crianças”, detalha a diretora do HRGu, Roshini Babulal.
Ela avalia que as alterações também terão impacto positivo no próprio tratamento dos pacientes. “Teremos um local mais acolhedor e adequado ao público infantil e às suas famílias. A brinquedoteca, por exemplo, além de ser um espaço para fisioterapia motora e respiratória, será lúdica. Isso pode refletir no tempo de recuperação dos pacientes”, explica.
Atendimento integrado
Para integrar os atendimentos e o serviço nas UBSs, o superintendente da Região Centro-Sul destaca que há um esforço no matriciamento realizado nas atenções Primária e Secundária. Estima-se que entre 70% e 85% dos problemas de saúde são resolvidos na Atenção Básica. “Por isso, o trabalho das equipes de Saúde da Família [nas UBSs] é fundamental para ampliar as possibilidades de cuidados ofertados à população”, exemplifica Garcia.
Um exemplo bem-sucedido é o atendimento integrado que ocorre no Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic). “Como forma de otimizar a consulta, o paciente recebe assistência de todas as especialidades em uma única ida à unidade”, pontua o superintendente. “No local, o usuário é atendido por uma equipe integrada, composta por cardiologista, endocrinologista, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, assistente social, enfermeiro e técnico de enfermagem”.
Além de melhorar a qualidade de vida das pessoas, o Cedhic foca a redução de internações e, consequentemente, o número de óbitos por complicações causadas por diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca.