Seus cabelos longos e ruivos, seu automóvel que é uma relíquia, seus passos calmos, seus sorriso cativante, demonstram tudo o que nossa artista, ou multiartista, atriz, bonequeira, oficineira, radicada no Guará, é para nossa cidade, para o país e quiçá para o mundo
Jirlene Pascoal é um misto de tudo o que um artista deve e precisar. Generosa, sim generosa por nos propiciar tanta arte, mas tanta, que não há dinheiro neste mundo que pague. Após anos e anos de labuta nesta vida de entretenimento que escolheu para trilhar. Finalmente, Jirlene Pascoal colhe os frutos plantados com muito amor. Nesta sexta e sábado, estreia mais uma temporada das caixeiras, com a “trilogia dos afetos”, QUININA, de Amara Furtado. Um espetáculo de teatro lambe-lambe.
E na próxima segunda-feira, 19 de fevereiro, está na estreia nacional do filme “A Flor da Idade”, na Tela Quente da Rede Globo de Televisão, logo após o Big Brother. Não é um luxo? Será vista, no papel de melhor amiga da artista principal, por milhões de brasileiros.
Trajetória artística
Atua há 36 anos no campo das artes cênicas em Brasília – desde 1987. Concluiu o Curso Técnico de Teatro na Casa dos Artistas. Moradora do Guará há mais de 40 anos, Jirlene Pascoal é umas das artistas mais ilustres e ativas de sua comunidade, sendo reconhecida pela sua prolífica e intensa produção artística em teatro, música, poesia e culturas populares. Realizou e ministrou diversas Oficinas teatrais e participou de vários grupos de teatro do DF.
É integrante da Ciartcum, de Taguatinga participou do grupo Roupa de Ensaio, de Samambaia, do Grupo depois das Cincos , atuando como atriz convidada no Grupo Pira Mundo.
É ministrante/ facilitadora de oficinas e artista do projeto Roda de Mulheres, do Instituto Arcana, desde 2000, realizando trabalhos em várias instituições como CEAM, COSE,CRAS, CASA ABRIGO.
Participou de inúmeros projetos com a Cooperativa Brasiliense de Teatro. Participa como declamadora de poesia e apresentadora em diversos eventos da cidade, como o Sarau Tribo das Artes, Sarau Complexo, Sarau Psicodélico, Feira do Livro, Sarau Cultural Versando os Tons, Café com Letras, Sarau do Veronica, Sarau Mulheral, T Bone, entre outros. Em 2007, Jirlene Pascoal uma da fundadoras do grupo As Caixeiras Cia. de Bonecas, que pesquisa e apresenta espetáculos no campo do Teatro de Formas Animadas, com o qual desenvolve trabalhos até os dias atuais. Também atua como coordenadora de projetos e ministrante de oficinas. Com As Caixeiras montou e apresenta os espetáculos Trilogia “Coisas de Mulher” (2007) e “Caixa de Mitos” (2010) – ambos com direção do grupo, “De Outro Jeito” (2011) direção de Marco Augusto, “Volúpias” (2015) direção de José Regino, “Tecendo Volúpias” (2016) direção de Catarina Aciolly, “Cabeças Vorazes” (2017) direção de Izabela Brochado, Trilogia “Enquanto Houver Amor eu Me transformo” (2021) direção do grupo. Atualmente a Cia. está em processo de montagem de novos espetáculos de Teatro Lambe-lambe e de Objetos com direção de Jô Fornari, pelo Projeto As Caixeiras 15 Anos.
Em 2016, com As Caixeiras, ganhou o Prêmio Funarte Myriam Muniz de Montagem Teatral, realizando a pesquisa, montagem e apresentações do espetáculo Cabeças Vorazes. Também com As Caixeiras em 2017, montou e apresentou o espetáculo Tecendo Volúpias nas cidades de Brasília, Porto Alegre, São Paullo e Salvador. O espetáculo recebeu o Prêmio SESC do Teatro Candango de Melhor Trilha Sonora.
Em 2018, atuou no curta-metragem “Presos que Menstruam”, com direção de Alisson Sbrana. O filme recebeu o 23º Troféu Câmara Legislativa do DF de Melhor Atriz para o Elenco Feminino, eleito pelo Júri Oficial do 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Em 2022, ganhou o Edital FAC com o Projeto Manutenção de grupos – As Caixeiras 15 Anos, atuando como atriz, coordenadora geral e ministrante de Oficina. E em 2023 segue pesquisando, montando e apresentando espetáculos, ministrando oficinas e coordenando projetos.
Em 2023 , participou do Especial A Flor da Idade, exibido na Rede Globo em homenagem ao dia dos Idosos.