O Batalhão de Policiamento com Cães da Polícia Militar do Distrito Federal (BPCães) conta com novos integrantes na unidade. Os dois filhotes de pastor belga malinois com cerca de quatro meses foram doados para a corporação e, depois de passarem pelo treinamento e formação, farão parte do grupo que trabalha com os policiais em ações no DF.
Atualmente o BPcães conta com 53 cães das raças pastor malinois, pastor alemão, labrador, rottweiler e bloodhound. Mais 20 cães estão sendo treinados para reforçar o patrulhamento no Distrito Federal, podendo atuar em três especialidades: explosivos, armas e narcóticos ou busca e captura.
De acordo com o primeiro tenente Fernando Henrique Dubinevics, comandante do 4º Pelotão do BPcães, os dois pequenos que chegaram há cerca de 20 dias estão na fase inicial de treinamento, conhecida como imprinting. Essa etapa consiste em dessensibilizar o cão aos ambientes de trabalho dos policiais, em rodoviárias quanto em ou lugares diversos, para que ele se acostume com os ruídos externos e diferentes texturas de solo.
Também é importante que desde o início os animais criem um vínculo forte com os militares, resultando no binômio cão policial (ou K9). Este é considerado formado quando atinge um ano e oito meses, com um treinamento que acompanha seu desenvolvimento e possibilita atividades policiais.
“Hoje a gente tem um quantitativo satisfatório para o nosso serviço, mas estamos sempre renovando o efetivo, porque é preciso considerar o tempo curto em que o cão pode atuar. Então essa é a intenção de estar sempre treinando novos filhotes, para que nunca falte no batalhão”, observa Dubinevics. Ele lembra que os animais aposentados normalmente são adotados pelos policiais da própria unidade.
Áreas de atuação
Ainda não foi determinado em qual especialidade os filhotes serão empregados, mas cada cão é treinado para uma área específica. O K9 de explosivos é muito utilizado em varreduras em eventos, áreas de risco e também em acionamento de suspeitas de artefatos explosivos.
Já os cães das áreas de narcóticos e armas trabalham na verificação e revista rápida. “É uma ferramenta que você pode otimizar o tempo do policial. Em uma batida na rodoviária onde você tem 50 malas no ônibus, uma equipe policial levaria duas horas até abrir uma por uma. O cão faz isso em minutos”, exemplifica o tenente.
Os cães utilizados em busca e captura, por sua vez, localizam pessoas desaparecidas ou criminosos por meio de odor específico, ao associar algum objeto da pessoa com a trilha que ela possa ter percorrido.