Espectadores lotaram a Sala Martins Pena nesta quinta (6) para acompanhar a apresentação gratuita; foi a primeira sessão da OSTNCS aberta ao público após a reinauguração do espaço. Nesta quinta, o público pôde retirar as senhas para assistir à apresentação gratuita uma hora antes do espetáculo — como ocorrerá semanalmente a partir de agora
Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) está, oficialmente, de volta à sua casa. Com uma plateia lotada, o grupo abriu, na quinta-feira (6), a temporada 2025 de concertos no palco em que se acostumou a encantar os brasilienses, após mais de uma década longe.
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“É uma sensação de alguém que retorna depois de uma longa viagem. São 11 temporadas que nós ficamos fora da nossa sala, então, para nós, é uma satisfação muito grande. Estamos muito felizes com o resultado da reforma da sala, já experimentamos nessa semana toda de ensaios e pudemos ver as melhorias que foram implementadas. Para nós, realmente, está sendo muito bom, porque vai possibilitar que a orquestra possa desenvolver com mais excelência e qualidade o seu trabalho”, exaltou o maestro Claudio Cohen.
Sob a regência de Cohen, os músicos mostraram composições do alemão Robert Schumann. ”Nós abrimos a nossa temporada de concerto com uma pauta mais erudita, uma pauta mais clássica, tradicional, apresentando um dos grandes compositores do século XIX”, explicou o maestro. A apresentação teve, ainda, a participação da solista russa Anastasiya Evsina, definida por Cohen como uma pianista “virtuosa”.
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Enquanto o Teatro Nacional esteve fechado, a OSTNCS manteve os tradicionais concertos de quintas-feiras em outros espaços da capital federal. “A Orquestra é a nossa unidade artística, é um patrimônio da cidade, que andou por vários lugares esses anos todos — Cine Brasília, quartel do Exército, recentemente estava na sala Plínio Marcos — e agora ela volta para sua casa. Isso gera uma interação, um pertencimento também com o público. Muito desse público que vem acompanhando a Orquestra ao longo desses 11 anos de Teatro fechado nunca tinha vindo ao Teatro Nacional e agora tem essa oportunidade. Então, é um momento de realização muito grande”, destacou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes
A orquestra chegou a fazer duas apresentações no festival Viva o Teatro, que marcou a reabertura do Teatro Nacional. As duas, porém, foram restritas a convidados — sendo uma exclusiva para operários que trabalharam na obra e outra, na reabertura oficial, ao lado da dupla Chitãozinho & Xororó.
A população fez fila e rapidamente esgotou os ingressos para acompanhar o primeiro concerto aberto ao público após a reabertura do espaço. “Isso aqui é a realização de um sonho, porque nós ficamos sem esse patrimônio [o Teatro] por tanto tempo e a gente esperava com ansiedade essa volta. Então, estamos realmente muito felizes de ganhar esse presente”, celebrou a artesã Whang Pontes.
Restauro
A obra de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro pelo Governo do Distrito Federal (GDF) teve início em dezembro de 2022, pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este GDF decidiu fracionar o projeto em quatro etapas.
Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consistiu na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como a recuperação da Sala Martins Pena.
Agora, serão investidos R$ 315 milhões na próxima fase da obra, que teve o edital de licitação divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O projeto inclui a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o foyer da Villa-Lobos.
*Com informações da Agência Brasília