Cantora de raiz sambista, Dhi Ribeiro passeia pelas várias vertentes da música popular brasileira, praticamente uma show womam, ou seja, quem a contrata tem a garantia de casa sempre cheia, porque leva consigo uma legião fiel de fãs que a prestigiam em todos os locais, seja em Brasília, ou no Rio de Janeiro, onde faz de duas a três temporadas de shows anuais.
O Blog da Zuleika foi bater um papo com a cantora e saber dos seus planos para 2020
Como foi seu ano de 2019?
2019 foi um ano diferente, de muita luta e esperanças de fazer coisas diferentes e novas, e a gente se arriscou, mas valeu a pena, sempre vale quando damos um passo à frente. Foi cheio de turbulências, mas um ótimo ano, com alguns projetos concretizados e outros ficaram para 2020.
Quais projetos concluiu?
Consegui concluir finalmente o projeto do nosso dvd. Já está nas plataformas digitais as músicas e daqui pouquinho já estará no You Tube, com as imagens.Fui para os Estados Unidos representando o Brasil em uma conferência, o que me deixou muito contente e feliz.Me senti bastante honrada. Avançamos novas fronteiras, estou fazendo bastante shows fora de Brasília.O projeto Aniversário da Dhi aconteceu e conseguimos trazer o Fundo de Quintal, enfim, a música aconteceu por todos os poros.
Ainda é possível viver só de música? ou precisa se virar nos 30?
Se virando nos 30, como todo músico no mundo inteiro, não é fácil viver só de música. Tenho uma equipe bacana há muito tempo, equilibrada, que se junta e segue em frente,
Qual sua opinião sobre a Lei do Silêncio?
Uma lei que precisa ser revista. O turismo, a cultura, são prejudicados, limita os espaços de trabalho da gente.E a minha opinião é mesma de todos que trabalham com a música.Em alguns aspectos Brasília se comporta como cidade dormitório. Nem todos os contratantes tem condições de arcar com o isolamento acústico. Vários espaços ja foram fechados por causa da lei. A capital brasileira está crescendo e limitar o som, impede que desenvolvamos grandes projetos, um exemplo: como fazer um espetáculo aberto de música, gratuito, se uma parte não concorda?
Para 2020 já tem shows engatilhados para o Carnaval?
-Nosso bloco Pipoca Azul vai sair depois do Carnaval, uma ressaca, dias 29 de fevereiro e 1º de março, no mesmo local na Praça da Moda, Guará II, com ajuda ou sem ajuda, e quero continuar uma tradição familiar, que é fazer arte para e pelo povo. Músicas que alegram e misturam várias classes sociais e de várias idades como o axé, as marchinhas, o frevo, e quem mistura faz bem, e estamos nesta pegada.Inclusive, já estamos preparando outros eventos com o Pipoca Azul, não só no Carnaval, já estão programados 4.Vamos cantar em vários espaços do Distrito Federal no Carnaval e levar alegria para todos.
Para os artistas do Distrito Federal, melhorou ou travou os projetos artísticos?
Com relação aos artistas do DF tem muita coisa para rolar debaixo desta ponte. Estamos com o Fundo de Apoio a Cultura, o FAC, aberto para todo o Brasil, eu não concordo.Nenhum outro estado faz. O fundo é daqui e disputar com artistas do país inteiro é um pouco injusto. A finalidade da sua criação foi dar oportunidade para os artistas fazerem algo a mais pela cultura.Da forma que está os artistas com menor potencial nunca terão a mesma oportunidade de ser contemplados.Espero que esta normatização do FAC DF seja revista.
As escolas de samba ainda tem vez em Brasília?
Acredito que as escolas de samba deva ter vez.A gente não pode crescer se tiver que parar.As escolas de samba não trazem só alegria, unem gerações, geram empregos como os das costureiras, montadores e músicos.Na minha opinião é uma tradição que tem que continuar. Estão aqui há muito anos,Cito a Aruc, do Cruzeiro, que há 50 anos vem numa batalha muito grande para não deixar morrer a tradição que veio com a transferência da capital para o Rio de Janeiro.Elas devem continuar.
Veja os shows da Virada 2019/2020 de Dhi Ribeiro