O mundo dos autistas para ler e aprender as diferenças

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Ser contadora de histórias parece tarefa fácil, mas não é. Parece que é apenas recontar o que já foi escrito e vivido, seja na realidade ou no mundo imaginário dos autores.Contar histórias exige uma sensibilidade ímpar e um desejo de encantar, transformar mentes e corações, num transporte imaginários para vários lugares nunca dantes navegados.

Como se conta uma história é que faz a diferença, e grande!

O Blog da Zuleika foi conversar com a contadora de histórias e escritora Nyedja Gennari, que lança no próximo dia 24 de agosto , no Cine Drive In18 horas, o livro O Mundo Azul de Samuel, que aborda com muito carinho, as particularidades e delicadezas de pessoas com Transtorno do Espectro Autista-TEA.

Personagem da vida real, Samuel Henrique Leite Vieira tem hoje 15 anos

Blog da Zuleika-Porque decidiu se tornar escritora?

Nyedja: Sempre gostei de escrever, cartas é a minha grande paixão( escrevo cartas para minhas filhas desde a barriga).Como professora, sempre escrevia e criava uma história para alguma data comemorativa e ocasião especial.
Como contadora de histórias, senti necessidade de dar vida as minhas próprias histórias pelos livros.Tenho muita coisa escrita e inventada num caderno escrito a mão.

Quantos livros já lançou? Lancei um áudio livro em 2016, chamado histórias para contar e cantar junto aos amigos Salomão di Pádua, Célia Curto, Pecê Souza e Cely Curado, produzido pelo Jorge Brasil.Ano passado lancei o livro Fofoca Reversa, escrito por mim e ilustrado pelo Bill Borges.Tenho muitas histórias que fazem sucesso com a criançada mesmo sem ser publicada: O conto do Girassol, Quando eu virei Porco Espinho e as que estão no Áudio livro como a Cobra Jurema que ensina as crianças a importância de escovar os dentes de forma divertida

Por que público infantil? As crianças são o que existe de mais maravilhoso nessa vida.
Sou professora e Contadora de histórias, crianças meu xodó.
E sempre me lembro da frase do Mario Quintana: livros não mudam o mundo, mas, mudam pessoas e pessoas mudam o mundo…
Quem dirá as crianças.

O que te moveu a escrever para os autistas? Sou professora e contadora de histórias. No ano de 2007, meu cometa se encontrou com o do Samuel.Conhecê-lo foi um grande presente e aprendizado.Aquele menino, na época com apenas dois aninhos, me levou para o Planeta da Empatia e me mostrou um mundo de muito amor, pureza e bondade.Desde então, resolvi aprender mais sobre o Transtorno do Espectro Autista – TEA. A nossa viagem, juntos,fez nascer este livro: fruto do amor e respeito a todos os pequenos grandes autistas que cruzaram meu caminho nesses 26 anos de profissão.

Teve que estudar para isso? O Livro nasceu em 2009, mas foi exatamente o estudo pelo tema que fez ele ser tão lindo e especial. Estudei muito e estudo sempre…
O Fofoca reversa também é fruto de muito estudo…

Quer alcançá-los de que forma? O Mundo Azul de Samuel busca abrir
e balançar o coração dos leitores para particularidades e delicadezas dos mundos individuais de pessoas com Transtorno do Espectro Autista – TEA, revelando que no Planeta da Empatia pode estar a chave para o respeito e a superação de preconceitos.

Como é lançar livro em tempos de pandemia da Covid-19? O livro ia ser lançado dia 28 de março, onde íamos aproveitar o dia 2 de abril , que é o dia da Consciência do Autista. A editora segurou a impressão por causa da pandemia.Ninguém sabia como ia ficar. Aconteceu o inesperado e o livro começou a ter muita procura.A editora me sugeriu um lançamento virtual.Mas não tocou meu coração.Queria público para ter uma inteiração.Procurei parceiros que aceitaram os desafios de fazer o evento. Tudo muito lindo e feito para encantar as crianças desde a chegada ao Cine Drive-In.

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