Ser síndico de um condomínio nunca foi uma tarefa fácil.Imagine em tempos de pandemia da Covid-19, onde quase tudo foi proibido nas áreas de uso comum dos edifícios. Liberada esta semana pelo Governo do Distrito Federal, com regras, para práticas esportivas, a utilização de piscinas pelos moradores não tem sido tarefa fácil de equacionar os desejos de centenas de famílias, principalmente com esta secura terrível no Distrito Federal e, detalhe, com crianças há seis meses ociosas dentro de casa.
Para tentar tirar todas as dúvidas e ter um mínimo de certeza de poder atender aos condôminos, o condomínio do edifício Isla Life Style, no Guará II, com 2000 mil moradores e 586 apartamentos, realizou sua primeira assembleia virtual dando opções de utilização não só da piscina como da academia. A participação teve um número razoável de moradores e atingiu o quórum mínimo necessário para uma tomada de decisão. No local existem duas piscinas: uma infantil e outra para adultos.
Pela plataforma BYDOOR, que teve 888 visualizações e 174 mensagens, com votação eletrônica durante 24 horas, todos puderam se manifestar, bem como houve a realização de um Fórum de 8 dias para debates entre os moradores. Das 5 opções apresentadas na assembléia virtual, com 49 votos válidos, ganhou a opção de abertura das piscinas mantendo o distanciamento recomendado pela OMS, sem agendamento e sem convidados, a partir desta terça-feira, 15/09.
Segundo o subsíndico Daniel Bezerra, foi apresentada a opção de aumento de custos, com a contratação de mais funcionários para a área das piscinas, que não foi aprovada pela assembléia. O Blog da Zuleika teve acesso a opinião de alguns moradores e nem todos estão satisfeitos com a decisão. A jornalista Meri Moraes foi uma das grandes incentivadoras da abertura geral das piscinas e participou de todos os debates do fórum realizado e da assembléia virtual. “Eu vou assumir o risco e levar meus dois filhos para utilizarem a piscina.Escolhemos morar no Isla por oferecer lazer e conforto para nossa família sem precisarmos sair de casa”, argumenta a jornalista.
Por outro lado existem mães bem preocupadas com a saúde de seus filhos. Mayara Franco admite que não vai permitir, por enquanto, que seu filho menor David,utilize a piscina. “Minha preocupação é não agravar o quadro de asma pré-existente.O que seria uma porta de entrada para a Covid-19. Vamos aguardar mais um tempinho e posso rever minha decisão”, esclarece. Outros moradores demonstram indiferença.Nem participaram da assembleia e nem quiseram se posicionar para a reportagem.
No liberação da academia, a votação teve maior participação dos condôminos. Com 86 votos válidos a assembleia optou por reabrir o espaço com o sistema de agendamento por apartamento para uso por 60 minutos, com direito a personal trainer.