O Distrito Federal é uma micro região que retrata o que acontece nos rincões do nosso país. Infelizmente a violência doméstica e o Feminicídio não dão tréguas na capital dos brasileiros. A nossa cultura, onde o machismo impera e que por força das circunstâncias econômicas a mulher conseguiu sair de casa para ir trabalhar, trouxe uma série de desavenças dentro dos lares e nos relacionamentos, do namoro ao casamento. Uma grávida de 24 anos está aguardando cirurgia no Hospital de Base, baleada pelo companheiro de seis anos de convivência. A tentativa de Feminicídio ocorreu ontem, 11/11, em Sobradinho.
Para esclarecer às mulheres do DF e explicar quais as ações do Instituto Feminicídio Não, a da presidente da ONG, Lucia Erineta, estará nesta sexta-feira, 13/11, na Rádio Comunidade FM, a mais ouvida da Ceilândia, comandada por Monteiro, ao lado de outras mulheres, debatendo as lutas que precisam ser travadas na guerra contra o Feminicídio.
Você pode acompanhar a entrevista pelo Facebook da Rádio Comunidade FM ou pelas ondas do rádio na 98.1, onde poderá dar sua opinião sobre o tema tão relevante para nossa sociedade. Este ano, devido à pandemia da Covid-19 não pudemos realizar as caminhadas nas regiões administrativas, dando incentivo às mulheres para que denunciem antes que a tragédia aconteça. Sabemos que a violência vem num crescendo constante. Foram milhares de quilômetros, percorridos em 2020.
Um alento saber que a Casa da Mulher Brasileira vai para Ceilândia, foco maior do Feminicídio e das brigas domésticas, agravadas pelo fator alcoolismo.
Jornada Zero
Na Câmara Federal, a deputada Flávia Arruda está na linha de frente quando se fala em proteção às mulheres vítimas de violência.
O combate à violência contra a mulher no Distrito Federal receberá um reforço estratégico graças a emenda de R$200 mil da deputada. O programa “Jornada Zero Violência contra Mulheres e Meninas” vai fortalecer a rede de atendimento, a integração das estruturas e a participação ativa das lideranças comunitárias.
“O único caminho para diminuir a violência contra a mulher é uma ação integrada e não apenas da segurança pública. É indispensável trabalhar em todas as frentes, da conscientização na infância até a punição de agressores e a proteção das vítimas”, reforça Flávia Arruda que preside a Comissão Externa de Combate à Violência Contra a Mulher na Câmara dos Deputados.
O Jornada Zero vai percorrer 33 regiões administrativas do DF e entorno até outubro do próximo ano. A primeira cidade a receber o programa será Santa Maria. Em cada edição, lideranças locais serão convidadas a conhecer toda a estrutura e participar ativamente da divulgação das ações, como multiplicadores. “A facilitação no acesso aos serviços é fundamental para zerar os índices de violência” destaca Flávia Arruda.
De acordo com a Secretaria da Mulher, responsável pelo projeto, a atuação das administrações também será importante. Servidores serão capacitados para que possam atuar na acolhida e orientação de cada caso.
O projeto foi criado em parceria com o Fundo de Populações das Nações Unidas e a primeira edição do projeto foi realizada no Paranoá, em outubro de 2019. A ação foi destaque internacional durante encontro da ONU realizado na África em novembro e se tornou inspiração para a implementação de políticas públicas semelhantes.