A produção da vacina Sputnik V no Distrito Federal deve começar na próxima sexta-feira (15/1), informou a farmacêutica brasileira União Química ao Correio. A empresa é uma das parceiras do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para a elaboração das doses do imunizante contra a covid-19, as quais devem ser desenvolvidas pela Fábrica Bthek.
De acordo com a farmacêutica, após a fase de produção, a vacina será envasada e fracionada em Guarulhos (SP). A empresa informou que submeteu o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O diretor de Negócios da União Química, Rogerio Rosso, disse à agência Reuters que o resultado dos testes foram feitos no exterior, principalmente na Rússia. “Faremos nossos próprios testes para que a Anvisa possa ter clareza sobre a segurança e a eficácia da vacina e autorize o uso no Brasil em situação de emergência”, frisou.
Segundo Rosso, as plantas de produção da companhia começaram a ser adaptadas para se adequar à produção de cerca de 8 milhões de doses mensais. Elas poderão ser oferecidas também a outros países da América Latina.
Embora o Brasil seja prioridade para a União Química, a princípio, as doses produzidas no DF serão exportadas para países da América Latina que já registraram a Sputnik V, como Argentina e Bolívia. Para a distribuição e uso em território nacional, é necessário que a empresa tenha autorização da Anvisa.
Procurada pela reportagem, a Anvisa informou que analisa o pedido de teste fase 3 da Sputnik V no Brasil — recebido em 29 de dezembro. “A agência pediu complementação de informações. Até o momento, não recebemos os dados necessários para continuar a análise”, esclareceu a pasta.
A União Química explicou que entregará as informações solicitadas pela Anvisa nesta semana. A partir da liberação da autarquia, ocorrerá os testes clínicos do imunizante. O Correio apurou que o DF está entre as unidades da Federação que farão parte do estudo.
*Com informações do Correio Braziliense e site do ICTQ