No Guará, os idosos se divertiam, e muito, nos encontros semanais realizados pelas associações da Terceira Idade, tanto na sede localizada na área do Cave bem como na do Conjunto Habitacional Lúcio Costa, num grande galpão onde o forró corria solto, as amizades e os namoros, ah, os namoros, aconteciam. Ambos os locais públicos e administrados pela Adm. do Guará.
Foram tempos inesquecíveis e que a maioria dos idosos que sobrevivem à pandemia da Covid-19 querem que volte logo. Eu penso ser inimaginável quando eu passar a ser comandada pelas minhas filhas e não poder mais sair de casa, claro que é para o meu bem, mas será um tempo difícil. Porque será que os idosos gostam tanto de ir bater uma perna, como dizem lá no interior. Ver um velho quieto é sinônimo de doença.
Os encontros semanais traziam as alegrias dos tempos da juventude. Sempre cheios, os bailes não podiam acontecer sem um forrozeiro. Eram binngos, jogos de damas, dominó e conforme a temperatura, caldos variados. Uma oportunidade de encontros de gerações, pois os filhos ou netos que iam acompanhar, aproveitavam e caiam na farra também.
Quem não se lembra dos concursos de Rainha e Rei da Terceira idade. No Guará, as rainhas sempre se destacavam na concorrência com outras regiões administrativas. Eram encontros aguardados e disputados. Essa reportagem é para que olhemos porquem sempre nos zelou e dê mais um pouco de atenção. De repente, a tecnologia chegou para os idosos e os isolam ainda mais. Contar causos é pelo celular. Novidade de vida vem pelo Facebook. mas, nada mesmo substitui o ser humano. Socorro Rodrigues, presidente da Associação da Terceira Idade do Guara, me disse hoje: “Que saudade de um abraço de um beijo que sempre dava nas minhas amigas. E de viajar, então, mais de um ano sem ir à Caldas Novas“. desabafou.
Hoje, sua interação com o grupo de idosos do Guará se dá pelo celular. Sempre liga em busca de notícias e para incentivar a imunização, para que os bons novos tempos aconteçam.