Tenho um grupo de amigas do Guará que vivemos para planejar ações em prol do empoderamento feminino par tirar muitas mulheres da situação de pobreza seja por falta de oportunidades de estudos, seja pela atual situação econômica em que se encontra nosso país. E a corrente do bem vai se ampliando quando contamos a história de Antônia, moradora da Estrutural, desempregada e com um filho TDHA. Dependendo apenas dos bicos do marido e se encontra sem o Bolsa Família. Antônia passava um perrengue danado mas não se deixava abater. Buscava milho em sua bicicleta e vendia na porta de casa assado nas noites frias de junho e julho. Conseguia arrecadar apenas uns trocados. Dependia de alimentos e cestas básicas doados.
Porque não empoderar Antônia? Sugerimos a ela que montasse um bazar na porta de sua casa, já que é de esquina e entrada para o Santa Luzia, com as roupas e outros objetos que arrecadávamos no Guará. Chega de tanta dependência financeira. E foi lindo de ver o sorrisão no rosto dela. A diferença no tom de voz.
O sentimento de liberdade ao conseguir gerar uma renda de R$100,00 em apenas um único sábado de trabalho. Meu amigo Marcellus diz que isso tem um nome pomposo, Economia Circular. Para nós, eu e minhas amigas, se chama engajamento social. Em uma ação de sair do teclado do celular e ir às ruas para ajudar no que podemos a outros seres humanos.
Estamos contando a história da Antônia, na esperança de sensibilizar mais corações para doações do que não te faz falta. Precisamos de sapatos (masculinos femininos) e bolsas usadas. O que entope seu guarda roupa pode ser um feliz achado no bazar da Estrutural e trazer cada vez mais a esperança de dias melhores a muitas mulheres.