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Milhares de voluntários fazem campanha contra violência doméstica em Brasília

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As mais de 300 congregações adventistas do DF e Entorno realizam atividades neste sábado, 28 de agosto, que buscam conscientizar a população sobre o combate à violência doméstica. Os colégios mantidos pela instituição também participam das ações.

A iniciativa, intitulada Quebrando o Silêncio, é promovida anualmente em oito países da América do Sul, inclusive o Brasil.

O Quebrando o Silêncio também incentiva a realização de fóruns, feiras educativas, eventos e programações de combate à violência durante todo o ano, mas é no quarto sábado de agosto que acontece o dia D.

Apesar de, a cada ano, a campanha ter uma ênfase diferente, a essência consiste em conscientizar as pessoas sobre o respeito às mulheres, às crianças e aos idosos.

Material impresso como cartazes, faixas, livros, folhetos, folhetos levam esperança à quem sofre

Anny Gill lidera as mulheres adventistas de todo o Planalto Central e salienta que diversas ações foram programadas, como passeatas, fóruns, escola de pais, eventos de educação contra a violência, entre outros. “Hoje, mais do que nunca, precisamos dar continuidade aos nossos esforços para apoiar as pessoas que sofrem com violência e abuso. Escolhemos muito bem as nossas ações e planejamos com carinho para que sejam realmente muito eficazes”, frisa Anny.

A campanha também utiliza revistas, materiais impressos, passeatas, palestras, carros de som e redes sociais para promover a prevenção da violência familiar.

Anny destaca que o principal objetivo do projeto é ajudar as vítimas a falarem sobre o assunto. “Entendemos que quando a vítima fala, se manifesta, protesta, ela inibe o agressor. O fim do silêncio das vítimas pode colocar um ponto final no abuso”, destaca a líder.

A diarista Eduarda Fonseca (nome fictícia para preservar a identidade da vítima) conheceu o projeto em 2019. Ela estava em uma parada de ônibus em Samambaia quando foi abordada pelos voluntários. “Eu estava passando pelos piores momentos da minha vida. Meu companheiro, na época, me batia e espancava minhas duas filhas, uma de 4 e outra 6 anos. Eu simplesmente não sabia mais o que fazer. Me sentia sozinha e sem apoio. Foi quando recebi a revista. Então, conversei com a voluntária e vi que não estava sozinha e resolvi fazer a denúncia”, conta a mulher.

Após registrar ocorrência, a diarista compartilha que contou com medidas na qual o ex-marido não podia chegar perto dela e das crianças. “Foi um alívio. Hoje eu também ajudo outras mulheres que também passam por esse tipo de situação. A gente não pode se calar. Precisamos agir”, afirma Eduarda.

O projeto também conta com fiéis atuando em ruas e bairros, por meio de palestras com profissionais treinados a falarem sobre o assunto. “Propiciamos conversas com psicólogos e delegados. Apresentamos testemunhos de pessoas que passaram pela situação, que foram ajudadas pelo projeto”, explica a coordenadora.

Em Novo Gama, a Igreja Adventista do bairro Pedregal, todos os anos promove uma carreata. A coordenadora da programação, Alvany Fonseca, destaca que os carros foram enfeitados com balões, e os carros de som acompanham o grupo, além de faixas com dizeres, como Quebre o silêncio, Diga não à violência.

“A carreata teve cerca de 10 km. Além disso, teremos palestras em escolas e associações, incentivando a denúncia de abusos. Quando identificamos um caso, orientamos e encaminhamos as vítimas aos órgãos competentes”, conclui.

@rafaelbrondani

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Quem é Zuleika Lopes

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