Manhã de domingo no Condomínio 203 do Total Ville em Santa Maria-DF, famílias entram e saem num vai e vem normal de final de semana.Espantados, ficam a olhar as poucas mulheres que, uniformizadas e com faixas pretas nos punhos, falam palavras de ordem no ato protesto contra o feminicídio de Cilma Galvão que completou 8 dias hoje, e foi moradora do referido condomínio. O seu companheiro e apontado como suposto praticante do crime se encontra foragido.Notícias correm que ele voltou para seu estado de origem,a Bahia.
Um ato simbólico que marcou uma das atividades do Instituto Mulheres Feminicídio Não, da presidente Lucia Erineta, em parcerias com outras entidades como da Alzira Folha, proprietária de um periódico em Santa Maria. O objetivo maior é chamar às autoridades para um posicionamento de políticas públicas que possam cuidar dos filhos do feminicídio com apoio institucional e psicológico. No caso do filho da sindicalista Cilma, seu único filho não se conforma com a perda prematura da mãe e além de estar sozinho em busca do assassino, ofereceu recompensa nas redes sociais para quem der seu paradeiro.Entrando em uma parte que é da Polícia Civil do DF, ou seja, está precisando de um apoio psicológico urgente, que o Estado poderia ofertar.

Mulheres como Alzira Folha e Lucia Erineta comandam instituições que empoderam às mulheres com cursos profissionalizantes, distribuição de cestas básicas e apoio jurídico e psicológico. Mas é necessário muito mais. Faltam acesso digno à saúde e a postos de trabalho às mulheres. Não vamos parar e necessitamos de mais e mais homens e mulheres de bem pela nossa causa.