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Projetos sociais resgatam crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

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A pandemia de Covid-19 deixará marcas profundas na saúde mental das crianças e adolescentes em todo o mundo. Esse é o alerta do relatório sobre saúde mental divulgado pela UNICEF.

O estudo foi realizado em 21 países e calculou que em todo o mundo, cerca de uma a cada sete crianças ou adolescentes entre 10 e 19 anos vive com algum transtorno mental já diagnosticado. Isolamento social, restrições de mobilidade, quebra de rotina e escolas fechadas por um longo período ajudaram a alimentar as angústias que já existiam, mas que antes podiam ser percebidas no convívio social. No Brasil, país que também participou do estudo, foi revelado que 22% dos adolescentes e jovens de 15 a 24 anos manifestam sentir-se deprimidos e sem interesse em praticar alguma atividade.

Jovens e adolescentes participam de projetos que trabalham vários fatores como a autoestima e o empoderamento feminino

Parcerias

A fim de contribuir para a redução desses índices, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) firma parcerias com prefeituras, estados, entidades e outros, para a realização de projetos em todo o Brasil. O objetivo é único: ajudar a melhorar a condição de vida de pessoas vulneráveis.

A psicóloga Nayla Jeske, pós-graduanda em neuropsicologia, salienta que o desenvolvimento de programas como os idealizados pela ADRA promove a saúde mental de crianças e adolescentes. “Esses programas visam a transposição de experiências adversas, desenvolvendo a habilidade para lidar com os problemas (traumas, perdas, frustrações etc.), transformando-as em pessoas capazes de enfrentar crises e seguir em frente”, pontua Nayla.

Garotas Brilhantes

Em Gravataí, no Rio Grande do Sul, a ADRA mantém o projeto Garotas Brilhantes. A ação é voltada para adolescentes de 11 a 17 anos que vivem em situação de vulnerabilidade por diversos fatores. São realizadas palestras educativas para as jovens que iniciam a vida sexual na adolescência e não possuem informações necessárias para cuidar da própria saúde.

O projeto é aplicado na Escola Estadual Carlos Bina, uma região com alto índice de criminalidade, gravidez na adolescência e suicídios. A iniciativa conta com oficinas aplicadas, por meio de dinâmicas e rodas de conversa, sob os temas: autoestima; autocuidado; autodesenvolvimento pessoal e autovalorização; suicídio; automutilação; gravidez na adolescência; sexualidade; relacionamentos abusivos; alcoolismo; drogas; abusos sexuais e psicológicos; e violência.

Além disso, são trabalhados valores que englobam um projeto de vida e empreendedorismo. As atividades são realizadas por psicólogos, psicopedagogos, assistentes e educadores sociais.

Flavia Cardoso é assistente social e coordena o projeto. Ela conta que apresentar a possibilidade de mudança é algo transformador. “Saber que garotas mudarão a trajetória da sua história com mais consciência nas escolhas, com propósitos e autonomia, é o que nos move. Entendo que uma garota melhor preparada pode mudar sua vida, família e comunidade, e isso nos enche de esperança”, declara a assistente social.

@rafaelbrondani

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Quem é Zuleika Lopes

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