De praga em praga estamos vivenciando dias de muitas apreensões. Com o arrefecimento da Covid-19, vem à tona a Dengue, que ficou um pouco esquecida, mas não é menos letal. Causas sérios danos à saúde e pode matar, assim como a Covid-19. Basta entrar em um corpo debilitado e com baixa imunidade, como é o caso dos idosos. Carlos Henrique Broocke, cujos pais residem próximo à Unidade Básica de Saúde 03, o postinho da 38, alertou ao Blog da Zuleika que se faz necessário, com urgência, um fumacê na quadra. Seu pai tem 83 anos pegou dengue e precisou ficar internado no Hospital Santa Lúcia por vários dias. Ao mesmo tempo sua mãe, 79 anos, foi confirmada com dengue e chicungunha, com sintomas como febre intensa, dor nas articulações e falta de apetite. Ou seja, um verdadeiro purgatório para os pais e filhos que se desdobram no tratamento dos pais idosos.
Na Colônia Agrícola Águas Claras há relatos de várias famílias com dengue, atingindo principalmente às crianças. Na QI/QE02 o carro do fumacê passou por lá no último dia 10 de março, e o prefeito comunitário Pequito acredita que reforça os esforços necessários para o combate à dengue. Já o radialista e ex-administrador do Guará, Joel Alves, acredita que não adianta passar em apenas algumas quadras.”o mosquito é democrático. Ataca em todos os lugares e se proliferam nas áreas mais carentes, e que precisam ser melhor cuidadas. O ideal é atender a todas igualmente”, reforça.
Vejam o relato da Mayara Franco, do grupo Mães &Filhas do Instagram e Facebook : “Na Bernardo Sayão está cheio de foco da dengue. O Lucas Davi de 9 anos, portador de Síndrome de Down, filho de uma maezinha do Mães & Filhas saiu da UTI, na última segunda-feira, após longas semanas internada devido a dengue (foto da capa). A mãe dele afirma que tentou por diversas vezes contato com os órgão responsáveis e não conseguiu”, esclarece Mayara.
O Blog da Zuleika foi atrás da superintendente da Regional Centro Sul da Secretaria de Saúde, a médica Flávia Oliveira que nos antecipou que nesta semana acontecerá uma reunião com a administradora regional do Guará, Luciane Quintana e que determinará às ações pautadas no combate à dengue. Ah, mas você leitor, deve pensar, poxa vida, esta Zuleika só fala em reunião. É o trâmite para as coisas acontecerem na vida da nossa comunidade. São chamadas políticas públicas. Nada mais se faz no improviso. Existe todo um sistema e um Tribunal de Contas a vigiar as ações governamentais.
Prevenção
Semanalmente, equipes da Secretaria de Saúde definem os locais onde as equipes de vigilância ambiental irão, com base na incidência da dengue. Só em janeiro, eles estiveram em 176.835 imóveis no DF, onde foram encontrados 34,9 mil objetos ou espaços com acúmulo de água suficiente para gerar criadouros. Os que contêm ovos ou larvas são tratados com inseticida. Já a aplicação do fumacê é outra estratégia adotada onde há mais casos identificados.
“A população também precisa fazer o papel de agente”, afirma a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental do Guará, Herica Pereira. Ela explica que os ovos do mosquito podem esperar até 450 dias em locais secos, prontos para eclodirem assim que houver contato com a água. “É imprescindível que vasilhames que possam acumular água sejam limpos e esvaziados uma vez por semana para eliminar os ovos”, completou.
Outra atitude é colaborar com o trabalho dos agentes de vigilância ambiental. “A população tem que se engajar porque é uma questão de saúde pública. Temos que acolher esse profissional porque ele está ali para ajudar a todos”, diz Guilherme dos Reis, morador do Guará.
*Com informações da Agência Brasília