As notícias e reportagens de dezenas de golpes aplicados contra a população não param. Com o acesso da tecnologia a milhões de brasileiros, os golpistas também estão antenados e se aprimorando nas ações. Nesta semana, uma professora aposentada, de 68 anos e moradora da Ceilândia-DF, S.M.R.S., teve sua paz perturbada por uma mulher que se passava como agente pública, responsável pelo cadastramento para recebimento do Auxílio Brasil, programa de transferência de renda do Governo Federal.
Por não ter retorno das ligações, a mesma de codinome Luciana, entrou em contato pelo aplicativo de mensagens. Na conversa bem ensaiada, avisou à vítima que ela havia sido selecionado para recber o Auxilio Brasil do Governo Federal. Enfatizando que a partir de agosto seria 600 reais. Mesmo explicando que não teria direito por ser aposentada do GDF, a golpista continuou com a insistência pedindo documentações para a liberação do benefício social à vítima. Solicitou a cópia da carteira de trabalho com foto, endereço com cep, número da conta da CEF e o e-mail.
Esperta, a idosa deu um sonoro não à golpista. Não tá fácil para quem é leigo. Golpistas estão espalhados por todos os cantos. Por isso, preste muita atenção quando receber mensagens por aplicativo e telefonemas com voz melosa oferecendo muitas vantagens.
Mas o que a vítima mais ficou indignada é como a golpista conseguiu seu número de telefone e já tinha dados da sua documentação pessoal. A coisa está feia.
Pela Internet:
De acordo com dados de um relatório da PSafe, empresa de cibersegurança, na última semana 17 sites foram descobertos utilizando indevidamente o nome do programa “Auxílio Brasil” para dar golpes. Nesse período, a companhia identificou uma média de 20 mil fraudes diárias totalizando 140 mil em sete dias.
Para induzir a vítima a cair, utilizam diversas táticas: as cores dos aplicativos oficiais, garantem transferência do dinheiro instantaneamente, via Pix, e exibem uma mensagem afirmando que a pessoa tem o valor de R$ 2.500,00 disponível para saque imediato, bastando informar o número da chave Pix.Na maioria dos casos, para que a falsa consulta seja realizada é preciso informar o nome completo, número de CPF e data de nascimento. Com esses dados em mãos, os criminosos podem realizar uma série de fraudes em nome da vítima, como solicitar cartões de crédito ou empréstimos bancários, por exemplo.