Dia de muita colheita no Guará/DF, quando policiais da 4ª DP, efetuaram a prisão em flagrante de um homem de 43 anos depois que encontraram na posse dele o aparelho celular marca Samsung modelo Note 10, produto de furto.
O autor foi preso e autuado em flagrante pelo crime de receptação culposa.
Após as providências, o celular foi restituído à vítima.
Tal prisão é resultado de um conjunto de ações desencadeadas pela 4ª DP para coibir a
comercialização de celulares produtos de crime.
Quadrilhas agem em grandes eventos, mas também atraem vítimas por meio de golpes. Especialistas dão dicas de como proteger aplicativos e o próprio aparelho. Em 2022, esse tipo de crime aumentou 61,7%.
As ocorrências por furtos de celulares no Distrito Federal cresceram nos primeiros quatro meses deste ano. De janeiro a abril, 4,4 mil aparelhos foram furtados. No mesmo período de 2021, foram 2,7 mil casos — crescimento de 61,7% — e, em todo o ano passado, foram contabilizadas 10.090 ocorrências. No ano anterior, 8.315 aparelhos foram subtraídos e, em 2019, o número foi de 13.036. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).
Alex Rabelo, professor de proteção de dados do Ibmec Brasília, acredita que o salto pode estar ligado ao fim das restrições sanitárias contra a covid-19. ‘A volta dos grandes eventos certamente influencia, visto que as pessoas estavam — e estão — ansiosas com esse retorno. Logo, estarão descuidadas e à mercê de eventuais furtos ou roubos. O crescimento é alarmante. Os usuários devem redobrar a atenção no que tange a proteção de patrimônios’, aconselha. Ele recomenda a adoção de procedimentos para limpar o cache do dispositivo, além do uso de antivírus, para evitar a invasão de aplicativos.
Secretária-geral da Comissão de Direito Digital, Tecnologias Disruptivas e Startups da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Distrito Federal (OAB-DF), Natália Piasentin aponta que o crescimento não se limitou à capital federal. ‘Com a volta dos grandes eventos e da ‘vida social’, várias pessoas foram vitimadas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais‘, observa a especialista, citando o exemplo dos carnavais de rua.
Os grupos agem de maneira semelhante, de acordo com a advogada. ‘Há organizações criminosas especializadas neste tipo de crime. Feliz ou infelizmente, eles seguem o mesmo modus operandi: os suspeitos empurram as vítimas e, com a reação do susto, um outro integrante aproveita para furtar o aparelho’, descreve Natália. Ela detalha que a atuação dos criminosos se dá por meio de divisão de tarefas, com estruturas bem delimitadas.
*Com informações da 4ª DP e Correio Braziliense