Quatro estudantes do CEF 01, localizado na entrada do Guará I, levaram um baita susto na última quarta-feira, assim que sairam na escola, por volta de 12h30. Ao sentarem para um rápido descanso na pracinha da QI 06, foram rendidos por um ladrão com arma em punho. Assustados, todos os quatro adolescentes entregaram os aparelhos celulares ao bandido, que ainda levou relógio de pulso de um deles. Seria inimaginável há pouco tempo atrás que jovens estudantes fossem assaltados em pleno dia em uma pracinha do Guará.
Para azar do ladrão e sorte da polícia, um dos aparelhos de celular levado tinha rastreador que acompanhou o trajeto do bandido. Logo após o assalto, ele foi para uma parada de ônibus próxima do Hospital do Guará e ali entrou em um transporte coletivo que o levou direto para a Feira dos Importados, onde desceu. Não precisa ser mágico para descobrir que o intento dele foi vender os aparelhos roubados dos estudantes do Guará, ou seja, fazer um troco rápido. Mais bandido que um assaltante é quem compra um aparelho sem nota fiscal e sem procedência, o famoso receptador. O combate a este tipo de comércio é intenso por parte da Polícia Civil do Distrito Federal. Em 2022, este tipo de crime cresceu mais de 61,7%.
Pais dos adolescentes, revoltados, foram com os filhos até a 4ª DP e clamam por mais segurança na cidade. ” O bandido além de portar uma arma de fogo, ameaçou de morte, meu filho e seus amigos. Estão todos muito assustados. Não podemos permitir que nossa paz seja roubada desta maneira. Em plena luz do dia. Não dão paz nem de dia e nem a noite. Espero que a polícia, com as informações repassadas, possa ser ágil na prisão. Nem as câmeras de segurança inibem mais os crimes”, diz indignada a mãe do adolescente Gabriel.
Logo após o assalto, ele saiu correndo para a parada de ônibus. Bem trajado, usa boné e sempre com o rosto abaixado para que não seja capturada sua face, o que facilitaria seu reconhecimento. Quem poderia suspeitar de uma pessoa de boa aparência.
As ocorrências por furtos de celulares no Distrito Federal cresceram nos primeiros quatro meses deste ano. De janeiro a abril, 4,4 mil aparelhos foram furtados. No mesmo período de 2021, foram 2,7 mil casos — crescimento de 61,7% — e, em todo o ano passado, foram contabilizadas 10.090 ocorrências. No ano anterior, 8.315 aparelhos foram subtraídos e, em 2019, o número foi de 13.036. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).