Inscrições vão até o dia 18, podendo ser feitas pelo site da Secretaria de Trabalho ou presencialmente
O programa Fábrica Social está com 413 vagas para o curso de corte e costura, na modalidade presencial. O período de inscrições começou no site da Secretaria do Trabalho (Setrab). O prazo finaliza no dia 18 deste mês.
As inscrições podem ser feitas pelo site da Secretaria de Trabalho ou em qualquer uma das agências do trabalhador.
Para participar, o candidato deve cumprir os seguintes requisitos:
→ Ser integrante de famílias cadastradas no Programa Bolsa Família;
→ Ter inscrição atualizada no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
→ Ter renda familiar per capita de até R$ 200;
→ Residir no Distrito Federal;
→ Possuir idade mínima de 16 anos. No caso de inscrição de jovens entre 16 e 18 anos incompletos, ambos contados até 6 de outubro de 2022, será obrigatório o preenchimento do formulário de autorização pelos pais ou responsáveis legais do menor. A ficha será disponibilizada no site da Setrab;
→ Não ter participado de nenhum processo de capacitação e qualificação no Programa Fábrica Social – Centro de Capacitação Profissional;
→ Pessoas com deficiência devem apresentar o laudo médico – validade máxima de 12 meses em caso de doença temporária.
É o segundo chamamento publicado pelo Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) para o curso. As inscrições foram abertas inicialmente de 6 a 12 de outubro, mas, como apenas 187 pessoas foram matriculadas, a pasta decidiu abrir novo prazo de participação. São 12 meses e carga horária de 20 horas semanais. As aulas são ministradas de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, no período matutino, e das 14h às 18h, no vespertino. Os participantes recebem uniforme, auxílio de R$ 304 e vale-transporte.
A capacitação pretende atender 600 pessoas no próximo ano – metade no período matutino e a outra no vespertino. Desse total, 480 vagas são para a concorrência geral, 30 para pessoas com deficiência (PcDs), 30 para idosos, 30 para jovens de Unidade de Acolhimento e 30 para imigrantes.
A subsecretária de Integração de Ações Sociais, Daniele Lucia dos Passos, salienta o papel da qualificação na geração de emprego e renda: “A nossa estratégia é massificar a divulgação para que a informação sobre o curso chegue às pessoas que ainda não sabem da oportunidade e que elas possam participar. Além de dar oportunidade de encaminhamento para o mercado de trabalho, os cursos da Fábrica Social podem mudar o rumo da vida das mulheres, nosso principal público atendido em corte e costura. Por meio da capacitação, as alunas conhecem outros projetos da Secretaria de Trabalho e são incentivadas a trabalhar formalmente, mas também a se tornar microempreendedores individuais.”
Oportunidade
Atualmente, o curso tem cerca de 200 alunas ativas que se formam em dezembro. Depois do passo a passo da linha e agulha, os sonhos profissionais delas ganharam novos horizontes. Para Rosilene Miranda, 49 anos, o conhecimento obtido trouxe a vontade de abrir a própria marca de roupas plus size.
“Engordei 35 kg em seis meses devido a um problema de saúde e fiquei com dificuldade de encontrar roupas do meu agrado”, conta a moradora de Samambaia Norte. “Até existem roupas plus size, mas nem todas são bonitas, não têm um bom acabamento. E a minha marca será de roupas plus size, básicas, bonitas e modernas.”
Maria da Conceição Ferreira, 49, almeja fundar o próprio ateliê de costura onde possa oferecer peças autorais e pequenos reparos em roupas. Hoje, ela já trabalha atendendo a comunidade do bairro em que mora em Santa Maria.
“Toda semana alguém me procura para fazer a bainha de uma calça, trocar um zíper, apertar alguma coisa, e eu quero continuar trabalhando com isso, mas no meu próprio ateliê, tendo o meu negócio”, afirma ela, que enfrentou o desemprego durante seis meses antes de iniciar o curso de corte e costura.
O contato com novos conhecimentos impactou a saúde mental de Maria da Conceição. “Sempre fui uma pessoa muito ansiosa e estressada, e até meu psicólogo percebeu a minha mudança depois que comecei a fazer o curso”, revela. “Eu me sinto muito mais centrada, muito mais disposta a aprender coisas novas.”
Já Maria Aparecida Neves, 59, lembra que, antes do curso, só sabia o básico; hoje, entende de técnicas variadas e de diferentes níveis de dificuldade. “Aprendi a dominar a máquina industrial e fiz várias roupinhas. Depois de me formar, quero comprar uma máquina e fazer bolsas e almofadas para vender”, diz. Sobre a experiência no curso, ela se mostra entusiasmada: “Foi tão bom que, se pudesse, eu faria de novo ano que vem”.
Tem no Gama
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