Projeto sustentável foi concebido com ajuda de ferramenta que garante maior agilidade e economia à obra
Inovação e sustentabilidade, duas palavras que definem bem o futuro Hospital Clínico Ortopédico (HCO). A nova unidade de saúde, com 24 mil m², será construída no Guará – um projeto que chama a atenção não só pela sua concepção vanguardista no setor público, como também pela preocupação com o meio ambiente. A obra está com licitação aberta até 28 de junho e conta com investimento de R$ 204 milhões.
O HCO será erguido em um terreno de 70 mil m² localizado entre o Parque Ezechias Heringer e a Unidade Básica de Saúde (UBS) 2, a menos de dois quilômetros das duas estações de metrô da cidade. Dividido em quatro blocos interligados, vai oferecer 160 leitos, centro cirúrgico, laboratório de apoio, diagnóstico por imagem e ambulatório. A área externa terá anfiteatro, auditório e capela, além de estacionamento para funcionários e pacientes.
A unidade foi inteiramente projetada pela equipe da Novacap na plataforma BIM, sigla em inglês para building information modeling. O uso da ferramenta, inédito em edificações no setor público, permite que todas as informações a respeito da construção compartilhem um mesmo ambiente.
“Arquitetura, instalação de água, parte elétrica e estrutural… Com o BIM, conseguimos integrar todas as disciplinas que envolvem uma obra”, explica a engenheira civil da Novacap Maruska Holanda. “Isso garante maior celeridade e economia na construção, já que todas as áreas pensam de forma conjunta.”
Uma concepção tão inovadora não poderia deixar de lado os cuidados com a natureza. Climatização e iluminação naturais, reutilização de águas pluviais e área verde em abundância – o prédio foi desenhado seguindo as diretrizes do Certificado Leed, selo verde concedido a construções sustentáveis em todo o mundo.
“O hospital é uma tipologia de construção que gera muitos resíduos. Então, construir um prédio sustentável é uma forma de compensação para o meio ambiente”, explica a arquiteta da Novacap responsável pelo projeto, Fernanda Bougleux. “Vamos usar água captada da chuva nas descargas dos banheiros e para regar as áreas verdes. Também criamos pátios e jardins em locais estratégicos para garantir ventilação e iluminação naturais.”
Placas fotovoltaicas vão permitir que a energia consumida pelos equipamentos do HCO seja produzida pelo próprio prédio. Além disso, o uso da eletricidade será otimizado com o uso de lâmpadas munidas de sensores de presença. “Teremos, ainda, uma área verde muito maior do que a exigida pela legislação local”, completa Fernanda. “Estudos comprovam, inclusive, que esse contato com a natureza é benéfico para os pacientes.”
*Com informações da Agência Brasília