Unidades de conservação registram rica biodiversidade, entre 586 espécies
O Distrito Federal se encontra entre as unidades da Federação com o maior percentual de território protegido: mais de 90% da área estão sob o regulamento de alguma unidade de conservação, segundo o Atlas 2020, do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). Dada a importância dessa preservação, o Instituto Brasília Ambiental, por meio da Gerência de Fauna Silvestre, desenvolveu uma pesquisa sobre a fauna em 13 unidades de conservação (UCs) geridas pela autarquia, das 86 existentes no Distrito Federal.
O levantamento identificou um total de 586 espécies da fauna, sendo 333 aves, 83 mamíferos, 59 répteis, 56 anfíbios e 55 peixes. O maior número foi registrado no refúgio de vida silvestre Mata Seca, na Fercal, com o registro de um total de 401 espécies.
Um aspecto notado no estudo foi a presença de espécies emblemáticas e ameaçadas de extinção, a exemplo do galito (Alectrurus tricolor), do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e da perereca-de-pijama (Boana buriti), ressaltando a importância das UCs para o cuidado com a vida selvagem no Distrito Federal.
“O Brasília Ambiental reitera, com esse levantamento, o compromisso com a sustentabilidade, e convida a população a conhecer e preservar esses importantes refúgios naturais, contribuindo para a manutenção da biodiversidade que faz do Distrito Federal um lugar ímpar no bioma Cerrado”, comenta o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer.
O estudo reuniu as informações dos dados primários realizados para a elaboração dos Planos de Manejo (documento que estabelece o zoneamento e normas de uso) dessas áreas sob proteção. Os pesquisadores foram a campo para a coleta de elementos sobre as espécies no local, utilizando-se, principalmente, armadilhas fotográficas ou avistamentos.
O gerente de Fauna Silvestre do instituto, Rodrigo Santos, enfatizou a relevância do trabalho desenvolvido, uma vez que os dados obtidos proporcionam uma visão abrangente sobre a biodiversidade local, essencial para a implantação de ações de defesa e manejo adequado desses espaços. “Os resultados desta pesquisa são fundamentais para direcionar nossos esforços na guarda das espécies presentes, assim como para aprimorar as práticas de gestão dessas áreas”, explicou Santos.
A autarquia ambiental fará, também, o agrupamento dos registros de espécies dos estudos no âmbito do licenciamento ambiental. A análise conjunta dessas informações será importante para embasar decisões futuras e fortalecer as iniciativas de preservação da fauna no DF.
As unidades de conservação verificadas foram os parques ecológicos do Tororó, Sucupira, Olhos d’Água, Burle Marx, Bosque dos Tribunais, Bernardo Sayão, Asa Sul e Areal, além do refúgio de vida silvestre Mata Seca, a Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) JK e Mato Grande e os parques distritais São Sebastião e Tororó.
*Com informações do Instituto Brasília Ambiental