Em vários dias da última semana, o @blogdazuleika tem recebido vídeos, fotos e textos com reclamações a respeito da coleta do lixo doméstico a cargo do Serviço de Limpeza Urbana. Outras quadras também passam pelo mesmo problema, mas, na QE 38, o bicho pega porque existem vários becos dentro dos conjuntos
Neste momento, a situação é de calamidade. Sacos de lixo entulhados nas portas e com intenso mau odor. Além, é claro, de ser mais um vetor para transmissão da dengue aos humanos. Sacos plásticos nas ruas são locais ideais para proliferação do aedes, o mosquito transmissor.
Sebastião França, o Macalé, morador pioneiro da QE 38, mora em um dos becos da QE 38, o L. Já tentou de tudo para que os lixeiros voltem a recolher o lixo no beco. “Temos varejeiras e muito lixo dentro dos sacos e espalhados. No sábado, conversei com o motorista do caminhão do lixo que me relatou ue não entram mais nos becos para recolher os lixos, respaldados em uma lei? Gostaria de saber que lei é esta? E a lei que pode nos multar? Quem vai arcar com nossos prejuízos involuntários? Precisamos de um socorro. Não acontece só no beco onde moro, outros como o M,N, também estão na mesma situação”, diz indignado.
Um pouco mais à frente, uma moradora, que reside nos prédios da QE 38, no bloco F, próximo do campo de futebol, também alega que a coleta está irregular e nunca se sabe quando os lixos serão recolhidos. “Pagamos caro para adquirir um imóvel aqui e não temos o retorno do que pagamos da Taxa de Recolhimento de Lixo, a TLP. O caminhão não entra, segundo alegações, pela rua ser estreita e os moradores estacionam dos dois lados. Prejudicando a todos. Falta diálogo de ambas as partes. Será que se passassem notificando os moradores para deixarem um espaço para o caminhão passar, não resolveria o problema? É justo convivermos com tanto lixo na porta de nossas casas?”, relata a moradora. No Guará I, temos relatos de coleta irregular em várias quadras, como a QI18 e a QE11.
Contatamos à ouvidoria da Administração Regional do Guará, na última quinta-feira, 18/01, a respeito das irregularidades na coleta do lixo, que nos informou que fez uma notificação ao SLU, através da gerência local.
MULTAS SERÃO APLICADAS
O descarte irregular de lixo e entulho em locais inadequados prejudica toda a população e favorece a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, especialmente durante o período chuvoso. Para combater essa prática e reduzir os casos crescentes da doença na capital federal, o Governo do Distrito Federal (GDF) vai aplicar multas a quem joga lixo nas ruas de maneira inadequada.
Agentes da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) estão nas ruas fiscalizando pontos de despejo irregular, lotes sujos e até mesmo quem coloca lixo orgânico fora do dia e horário predeterminado pela coleta do SLU. Essa ação, que já faz parte das atribuições da pasta, está sendo intensificada devido ao aumento de casos de dengue, pois a fiscalização pode ajudar a conter a proliferação da doença.
Diariamente, equipes das administrações regionais e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) também percorrem as ruas do DF coletando lixo e entulho descartados de forma irregular. Contudo, sem a conscientização da população, esse trabalho se torna ineficaz. O descarte inadequado de resíduos nas vias públicas acaba resultando no acúmulo de água das chuvas, formando criadouros para o mosquito da dengue.
As punições para aqueles que insistem em jogar lixo nas ruas variam de notificações a multas que vão de R$ 2.799 até dez vezes esse valor, ou seja, R$ 27.799. “As pessoas que descartam resíduos da construção civil em áreas públicas são multadas diretamente, sendo que o valor da multa varia de acordo com a quantidade do material. Em relação a entulhos em frente às casas ou em lotes vazios, os moradores são notificados para remover em um prazo de cinco dias, e em caso de descumprimento, a multa é aplicada”, explica o subsecretário de Fiscalização de Resíduos Sólidos, Edmilson Cruz. “Já aqueles que descartam o lixo doméstico fora dos horários de coleta, são notificados para recolher imediatamente e orientada a somente descartar no horário determinado pelo SLU”.
*Com informações da Agência Brasília