Por Raimundo Ribeiro
O Fluminense recebeu o Atlético/GO num jogo que só a vitória seria opção, pois ambas as equipes lutariam para fugir da zona da degola.
Mas esqueceram de avisar isso ao Fluminense.
Logo aos 5 minutos, ao insistir na burrice de saída de jogo dentro da nossa área, erramos o passe e o adversário teve a primeira oportunidade que Fábio salvou.
Apesar desse alerta, Marlon e Lima insistiam em escancarar outro defeito nunca corrigido pelo treinador que é atrasar a bola para Fábio, neste jogo sempre na “podre”.
Apesar de repetir os mesmos erros antigos, a partida seguia equilibrada, e aos 30 minutos Cano desperdiçou a primeira oportunidade.
O Atlético/Go levava perigo quando fazia marcação alta no nosso campo defensivo, contando com a ajuda luxuosa de Ganso, Alexsander e Lima que erravam passes curtos na nossa intermediária defensiva, pegando nossa defesa desguarnecida.
Aos 40 minutos o defensor adversário erra o passe no seu campo defensivo e Ganso aproveita para fazer 1×0.
Voltamos para o segundo tempo, e aos 6 minutos Cano perde outra oportunidade, num cruzamento perfeito de Marcelo.
Aos 10 minutos saem Felipe Melo e Marcelo, entrando Manoel e Diogo Barbosa.
Outra deficiência nossa que se repete a cada jogo é a bola aérea cruzada na nossa área, e para nossa sorte, o Atlético não tem bons cabeceadores.
Apesar de se defender muito mal, as chances aparecem e, aos 18 minutos Cano perde outra oportunidade.
Quando Marquinhos consegue avançar com velocidade, a bola chega aos pés de Ganso que mata a possibilidade de contra ataque ao atrasar a bola.
Aos 22 minutos, Keno perde oportunidade inacreditável, chutando por cima, sem goleiro.
Como o futebol não perdoa tantos erros, aos 28 o adversário empata numa jogada em que apresentamos outra das inúmeras deficiências que temos: na cobrança de escanteio, com nossos 11 jogadores concentrados na nossa área, a bola é tirada para a frente da nossa área e como não temos nenhum jogador na cabeça da área, o adversário chuta livre para fazer o gol.
Aos 36 minutos, saem Samuel Xavier, Alexsander e Keno, entrando JK, Renato Augusto e Isaac.
Com o time totalmente desorganizado, aos 45 minutos, Marlon perde uma bola para o atacante e o Atlético/GO vira o placar decretando mais uma derrota para um time que faz jus ao apelido de “time sem vergonha”.
Algumas observações:
É perceptível que Marlon e Renato Augusto não podem ser escalados, o primeiro porque pensa que é uma “Brastemp”, e não passa de um jogador sofrível, enquanto o segundo é apenas um ex jogador em atividade.
Lima pode ser um jogador útil para compor o elenco, entrando no segundo tempo para reforçar o sistema defensivo, mas nunca começar jogando.
Alexsander está numa fase horrível, errando muitos passes numa zona perigosa (nossa intermediária defensiva), não podendo ser escalado enquanto não entender que tais deficiências são inconcebíveis para um jogador que compõe o sistema defensivo.
JK perdeu todas as bolas que recebeu, seja porque não consegue ganhar uma dividida com o zagueiro, seja porque não acerta um passe de 2 metros, dando a impressão que erra de propósito, pois são erros primários que ele não cometia na temporada passada.
Nesta partida, só se salvaram Fábio e Marquinhos, o resto foi só isso, RESTO.
Sob o aspecto coletivo, Diniz precisa entender que neste ano de 2024, o modelo adotado é um fracasso completo e insistir nisso poderá levar o Fluminense a humilhação de ser rebaixado.
Precisa entender também que uma equipe de futebol tem 3 compartimentos (defesa, meio campo e ataque) que devem atuar de modo compactado, próximos um do outro, e sempre buscando avançar ao campo adversário, e os passes para trás e laterais só devem ser feitos excepcionalmente e não como regra, como o nosso time está viciado.
A marcação tem que ser feita próxima do adversário, e não à distância como apresentado pelo nosso time há muito tempo.
Quando atacado, o posicionamento não pode ser concentrar os 11 jogadores na nossa área, e na cobrança de escanteio é básico que se tenha pelo menos 2 jogadores na cabeça de nossa área para não levar gol como levamos hoje.
Futebol atual exige movimentação e velocidade, portanto nossos jogadores precisam sair com rapidez da defesa para o ataque, pois assim, ao invés de sermos amassados pelo adversário como acontece em todos os jogos, nós é que sufocaremos o adversário.
Enfim, a diretoria precisa dar um ultimato à comissão técnica no sentido de apresentar um padrão de jogo competitivo, buscando a vitória incessantemente, ou reconhece não saber fazer e pede prá sair, pois é inaceitável que um elenco como o Fluminense tem não apresente desempenho e resultados convincentes, e ao invés de disputar títulos, lute para não cair.
Quarta feira às 21:30 horas visitaremos e Cruzeiro numa partida que o time pode vencer, bastando que a comissão técnica e os jogadores tenham compromisso com a vitória, e comprometimento com o clube que deveriam defender, honrando o título de “time de guerreiros”, conquistado com muita luta num passado recente.
Lembrando que em 2009 começamos a caminhada para não cair, exatamente no Mineirão contra o Cruzeiro.
Bora Fluzão 🇭🇺🇭🇺🇭🇺🇭🇺
Raimundo Ribeiro
Apaixonado por futebol e, naturalmente Tricolor