Um distrital eleito e empossado, traz consigo uma bagagem de relevância na sua conquista: são os suplentes que compõem uma nominata obrigatória em uma eleição, na sua grande maioria se tornam esquecidos durante o mandato, que é composto por cada voto depositado na urna e na contagem final para o partido eleger apenas um
Emanuel Resolve, estrategista e atuante na área ambiental, também é suplente do partido que elegeu o distrital João Cardoso. Segundo ele, o acesso à Câmara Legislativa do DF é sempre constrangedor para um suplente. Não é um distrital, mas também podemos dizer que não é um cidadão comum. Já foi testado pelas urnas. Sua reivindicação é bem simples e abrange a todos os suplentes: um broche da CLDF que os identifiquem na portaria. Afinal, é preciso acompanhar as atividades do parlamentar que seus votos ajudaram a eleger.
“A Lei nº 4.737/65 em seu artigo 215, determina a diplomação dos candidatos eleitos assim como os suplentes, com isso, o reconhecimento dos deputados distritais suplentes com um broche na CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal) é uma medida importante para promover transparência, visibilidade dentro do processo legislativo local e a
valorização dos suplentes no processo eleitoral”, explica Emanuel.
Segundo ele, algumas justificativas para essa prática são: transparência e identificação, respeito a representação popular, promoção da participação democrática, incentivo a participação política, visibilidade e respeito publico, promoção de coesão e trabalho em equipe e cumprimento das normas e regulamentos. Apresentei esta proposta ao deputado do meu partido, o Avante”, justifica o suplente.
A suplente Vânia Gurgel do partido AGIR 36, atualmente na Secretaria de Governo, acredita que a valorização do suplente é necessária. “Eu já participei de 3 eleições a distrital e não sabia que teria o direito a ser diplomada. Precisa ser melhor divulgada esta opção. E quanto ao broche, se receber, vou carregá-lo com muito orgulho. Afinal, ninguém quer ser apenas um número em uma nominata. Todos nós, os suplentes, temos nossos anseios”, diz Gurgel.
Aneilton Veras, presidente do AGIR36 no DF, se posiciona favorável a este pleito dos suplentes. “Acho maravilhoso, quanto mais pessoas envolvidas para a nossa democracia melhor. Os suplentes também são representantes da comunidade, eles tiveram votos e por pouco não chegaram ao gabinete, seria um gesto de credibilidade para essas pessoas que estão envolvidas e engajadas na representatividade de alguma classe ou categoria”, acredita o dirigente partidário.