A Escola Nacional de Formação de Meninas Quilombolas, projeto do Coletivo de Educação da Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), realiza encontro presencial em Brasília. O evento tem início nesta terça-feira (20). A abertura acontece às 9h no auditório do Ministério da Educação (MEC). A programação vai até quinta-feira (22).
O encontro reúne, pela primeira vez, estudantes ativistas por educação quilombolas de todas as regiões e biomas do Brasil. Também participam do encontro as professoras e professores e toda a equipe que coordena o projeto apoiado pelo Fundo Malala. O objetivo da atividade presencial é celebrar a conclusão da primeira turma da Escola Nacional e o sucesso da iniciativa inovadora que fortaleceu e engajou famílias na luta por educação de qualidade para quilombolas em todo o Brasil.
Integrantes do Coletivo de Educação da CONAQ, organizações filantrópicas, lideranças quilombolas, griôs de vários estados, representantes de governo federal e da sociedade civil, movimentos sociais, entre outras pessoas convidadas como pesquisadores, ativistas, militantes antirracistas e referências na luta por direitos das populações quilombolas também participam do evento.
O encontro de meninas quilombolas contará com mesas de debates, audiência pública, rodas de conversas e diálogos entre quilombolas, seus saberes e experiências, além de conversas com órgãos do governo, parlamento, sistema de justiça e outras organizações da sociedade civil e movimentos sociais.
As estudantes terão voz para apresentarem o projeto e contarem suas experiências com a Educação Quilombola dentro dos seus territórios. Na oportunidade, também falarão sobre o futuro que querem para a educação quilombola e das iniciativas que já lideraram em suas comunidades que trouxeram resultados significativos para suas escolas.
Nos últimos dois anos, as meninas da Escola protagonizaram várias atividades de advocacy e tiveram a oportunidade de participar de painéis, debates e encontros de formação sobre fortalecimento do ativismo de mulheres negras e educação quilombola.
Fontes:
Entre as lideranças quilombolas confirmadas está Givânia Maria da Silva. Co-fundadora da CONAQ, Givânia é doutora em sociologia, professora recém aposentada, pesquisadora, ativista por educação de qualidade para estudantes quilombolas e há uma semana foi empossada como membra do Conselho Nacional de Educação (CNE), onde vai compor a Câmara de Educação Básica pelos próximos 4 anos.
Confira a programação do evento no arquivo em anexo
Durante o evento as meninas lançarão livretos – em versão virtual e física – que contam parte de suas vivências, modo de vida, da alegria e das dificuldades de ser estudante quilombola.