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Festival de Cinema Acessível Kids volta a Brasília para exibição de Meu Malvado Favorito 2 e Oficina para Educadores

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O projeto de inclusão educacional, voltado a crianças cegas ou com baixa visão, surdas ou com deficiência auditiva ou com deficiência intelectual ou cognitiva e população de baixa renda, estará em Brasília dias 8 e 9 de outubro.Para o público esclarecer dúvidas sobre as sessões, o número do WhatsApp da Mais Criança é 51-995945558.

O Festival de Cinema Acessível Kids – a serviço da inclusão educacional, voltado a crianças cegas ou com baixa visão, surdas ou com deficiência auditiva ou com deficiência intelectual ou cognitiva e população de baixa renda, estará pela terceira vez em Brasília no mês de outunbro. O projeto, que reúne Oficinas para Educadores Inclusivos e sessões de filmes para as crianças, com as tecnologias de acessibilidade (audiodescrição, LIBRAS e Legendas descritivas), tem a chancela da Unesco e foi selecionado para a 38ª edição do “Criança Esperança”. Aproxima as crianças da sétima arte e mostra como educação, cultura, tecnologia, lazer e solidariedade podem ser agentes de transformação e inclusão social.

A Oficina para Educadores acontece no dia 8, das 9h às 16h, no Viveiro do Senado, à Via N3, Setor de Garagens e Manutenção Norte Brasília. No dia 9, às 10h, acontece a exibição do filme “Meu Malvado Favorito 2”, com entrada franca, no Cine Brasília, na Asa Sul EQS 106/107.

Segundo idealizador e diretor do Festival de Cinema Acessível Kids, Sidnei Schames, o “Sid”,  a audiodescrição permite ao público com deficiência visual (pessoas cegas ou com baixa visão) ter acesso aos filmes através da descrição dos elementos visuais da obra. Pesquisas demonstram que esse recurso beneficia, ainda, espectadores com autismo, Síndrome de Down, deficiência intelectual e déficit de atenção. Já a janela de Libras (Língua Brasileira de Sinais), para quem não ouve, e as legendas descritivas, para quem não sabe Libras, garantem acessibilidade ao público.

“O Festival Kids é muito mais do que a exibição de filmes acessíveis. Trata-se de uma oportunidade, a partir de uma recepção acolhedora, de troca e aprendizado”, afirma Schames, acrescentando que esse terceiro evento na capital federal, com o apoio do Senado, mostra a consolidação cada vez maior do projeto no País e também que a parceria é cada vez maior devido à importância e qualidade do trabalho realizado a cada edição. No ano passado, o projeto esteve em Brasília dias 12 e 13 de setembro, com a Oficina para Educadores Inclusivos e a exibição de “Meu Malvado Favorito”. Em 28 e 29 de setembro de 2022, além da oficina, foi exibido o filme “Malévola”.

O Festival de Cinema Acessível Kids – a serviço da inclusão educacional, Edição 2024, que tem a produção da Som da Luz, conta com os seguintes apoiadores: Bem Promotora, Abraccio, Total Seguros, Gontof Comunicação, Expressão Natura, Outback, Dextera, Sopa Digital, iQueest, Camale, Cine Brasília, Mundo Melhor e -Senado Federal.

O projeto nasceu há nove anos em Porto Alegre, como Festival de Cinema Acessível. Foi idealizado por Schames, que é empreendedor, musicista, presidente da OSC Mais Criança (a proponente do projeto) e diretor da empresa Som da Luz. Logo na estreia, em 2015, seu filho, David, então com oito anos, não pode entrar no cinema, por não ter a idade necessária. Acabrunhado, exclamou: “meu pai criou um Festival Acessível para os outros; mas não é acessível para mim!”. Logo depois, transformou a indignação em projeto: “Pai, que tal a gente criar também um festival para as crianças? Já tenho até nome e slogan: ‘Festival de Cinema Acessível Kids, leve seu pai ao cinema”.

Esse é o projeto que estreou em 2017 e que recebeu a chancela da Unesco. Em 2022 foi expandido, com a paticipação na 36ª edição do Criança Esperança, onde ganhou uma maior relevância e saiu pela primeira vez da região Sul do país. Nessa nova fase, passou a ser alicerçado em duas grandes ações: a capacitação de professores das escolas públicas em inclusão social, em oficinas de seis horas, para grupos de até 25 professores; e a exibição de filmes acessíveis com um debate após a sessão.

“Para chegar às telas de cinema com toda a acessibilidade necessária, tudo é gravado em estúdio. É preciso de tecnologia e muita sensibilidade”, diz Schames. E acrescenta: “Todos somos diferentes, mas podemos compartilhar uma mesma sala de cinema. Nas sessões tem o pai com deficiência visual, com o filho que enxerga; a filha com deficiência auditiva com a mãe que escuta, crianças com deficiência intelectual ou cognitiva e todos estão juntos se divertindo dentro do cinema”.  David, hoje com 18 anos, afirma: “criamos o Festival para todo mundo ser igual. Não igual no sentido de ter as mesmas características, mas os mesmos direitos e possibilidades. É um momento de inclusão estar todo mundo, pessoas com e sem deficiência, assistindo ao filme”.

              Quando David e Sid contam sobre pessoas sem deficiência, se referem à presença de familiares, crianças, adolescentes e jovens não PCDs,também a quem vai às exibições como um exercício de aprendizado e empatia. “Fizemos sessões em escolas, onde as crianças assistem aos filmes de olhos fechados ou com venda nos olhos, para sentir como é um mundo sem imagens. Assim, esses alunos tentam se colocar na posição do Outro e aprendem a entender e respeitar as diferenças”, reflete Sid.

Até hoje, em suas versões adulto e infantil, o Festival de Cinema Acessível foi assistido por cerca de 23.408 pessoas, em 40 cidades (São Paulo, Natal, Niterói, Florianópolis e Brasília, além de 33 no Rio Grande do Sul e duas em Santa Catarina), com um total de 124 exibiçõe

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