Após análises das provas, Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília entende que o acusado também foi responsável por ocultação de cadáver e corrupção de menores
A 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília denunciou, na quarta-feira, 30 de outubro, Jackson Nunes de Souza pelo envolvimento na morte de João Miguel da Silva Souza, por praticar homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O corpo da vítima, que tinha 10 anos, foi encontrado em 13 de setembro, em uma fossa do bairro Lúcio Costa, no Guará I.
A denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) alegou que a ação teve motivo torpe (retaliação à cobrança de dívida anterior aos fatos); meio cruel (por asfixia); emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima (foi atacado subitamente); e o crime praticado contra menor de 14 anos de idade.
De acordo com a Promotoria, embora o inquérito policial tenha indicado que o acusado cometeu apenas ocultação de cadáver e que os menores foram os únicos autores do homicídio, uma análise detalhada das provas revela que Jackson, maior de idade, tinha o domínio do fato e determinou a morte da vítima, valendo-se dos menores para alcançar a consumação do crime.
Jackson Nunes, foi solto no último sábado, quando terminou sua prisão temporária, mas já está na cadeia novamente, após cumprimento do mandado de prisão preventiva, no aguardo do julgamento.
João Miguel morava com sua tia, no Lucio Costa, já que seus pais enveredaram pelo mundo do crime. Nem seu pais e nem sua mãe, compareceram ao enterro, pois ambos estão presos em Brasília. Foi mais uma vítima de um mundo tão desigual. Este crime chocou a todos nós!