A Operação Conatus foi deflagrada pela 4ª Delegacia de Polícia da Polícia Civil do Distrito Federal com o objetivo de reprimir crimes violentos contra a mulher na região do Guará-DF. O nome da operação deriva do termo latino conatus, que significa “tentativa” ou “esforço”, escolhido em referência direta ao tipo penal investigado — tentativa de feminicídio — e simbolizando também o esforço contínuo das forças policiais na proteção de mulheres vítimas de violência doméstica.
A investigação teve início a partir de fatos ocorridos no dia 05/08/2025, na QE38 do Guará II, quando o investigado, ao tomar conhecimento de que a vítima havia acionado a Polícia Militar do Distrito Federal, dirigiu-se até ela proferindo ameaças verbais (“você chamou os vermes”), seguidas de uma brutal agressão física, com diversos golpes desferidos contra sua face. A violência provocou a queda da vítima, resultando em traumatismo craniano, causado pelo impacto da cabeça contra a quina de uma escada, com sangramento intenso no local.
Demonstrando a persistência do animus necandi, o investigado ainda ameaçou a vítima de morte após a agressão, dizendo: “vou colocar fogo nela viva”. A mulher foi socorrida em estado crítico pelo Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) e submetida a cirurgia neurológica de emergência no Hospital de Base de Brasília, permanecendo em risco de morte e com possibilidade de sequelas permanentes.
A equipe da Seção de Atendimento à Mulher (SAM) da 4ª DP iniciou diligências investigativas intensas, incluindo monitoramento e apuração de denúncias anônimas, logrando êxito na identificação e qualificação do autor. Após representação da autoridade policial, foi decretada sua prisão preventiva pelo Tribunal do Júri do Guará.
O preso, Lukas Leal Leandro dos Santos, já tem uma extensa criminal como porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, desobediência, vias de fato, porte de drogas e roubo, dentre outros delitos. Nenhum dos fatos citados, de alta periculosidade, o deixou preso na cadeia. Para que as mulheres tebham ciência que não estão sozinhas. Quando chamam as forças de segurança elas agem. O crime de feminicídio e a tentativa, já estão tipificados no Código Penal. Neste Agosto Lilás, é de suma importância a conscientização do apoio às mulheres. Em 2025, duas mulheres foram mortas, a cada mês no Distrito Federal.
No dia 25/08/2025, após cerca de 20 dias de trabalho investigativo, a equipe da SAM conseguiu localizar e capturar o foragido da Justiça. Ele foi encaminhado à 4ª DP para cumprimento do mandado de prisão e adoção dos demais procedimentos legais cabíveis.
A Operação Conatus reafirma o compromisso da Polícia Civil do Distrito Federal no combate à violência contra a mulher, demonstrando que tentativas de feminicídio serão rigorosamente investigadas, e seus autores, responsabilizados criminalmente — independentemente do tempo necessário para a conclusão das investigações.
Agosto Lilás
Durante o mês de agosto, o Governo Federal intensifica a mobilização nacional pelo fim da violência contra as mulheres, com uma série de ações coordenadas pelo Ministério das Mulheres. O Agosto Lilás é um marco anual de conscientização e enfrentamento à violência contra as mulheres e, em 2025, ganha ainda mais força com a campanha “Não deixe chegar ao fim da linha. Ligue 180”, que reforça o papel da Lei Maria da Penha como instrumento de proteção e transformação de vidas.
A campanha tem como foco informar, proteger e convocar a sociedade à responsabilidade coletiva, com especial atenção às mulheres em situação de violência. Com linguagem acessível e abordagem educativa, a mobilização busca ampliar o conhecimento sobre os direitos garantidos pela legislação, os canais de denúncia e os serviços especializados de atendimento.
“A vida das mulheres depende de ações concretas, políticas públicas sérias e uma comunicação que acolha, oriente e proteja. O feminicídio é evitável, e o Governo Federal tem o compromisso de virar essa chave”, afirma a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.
No Distrito Federal, a campanha mobilizou órgãos do Governo do Distrito Federal e forças de segurança. Desta forma, o trabalho conjunto permitiu que a mensagem alcançasse o maior número possível de pessoas e fortaleça os canais de denúncia e acolhimento.
As equipes de comunicação de cada uma das forças de segurança — polícias Civil e Militar (PCDF e PMDF), Departamento de Trânsito (Detran-DF) e Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) — também estão divulgando a campanha em suas redes e produzindo materiais específicos. “A violência doméstica atinge todas as camadas da sociedade, e o enfrentamento precisa ser coletivo. Essa campanha reforça nosso compromisso de unir forças, mobilizar a população e fortalecer as políticas públicas que protegem as mulheres”, destaca o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.
“A campanha conjunta, com a divulgação dos canais de denúncia, complementa o trabalho que a Segurança Pública realiza. Campanhas publicitárias preventivas desempenham um papel fundamental, pois sensibilizam a população sobre o comportamento responsável”, finaliza o chefe da Assessoria de Comunicação da SSP-DF, Paulo Henrique Albuquerque.
*Com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF)
Informações da PCDF
Informações do Ministério das Mulheres