Diaristas e faxineiras exigem respeito dos patrões e pagamentos

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Insubstituíveis e invisíveis dentro das residências brasileiras, as faxineiras e diaristas são quase uma espécie em extinção, e as poucas que restam lutam por respeito profissional. Na sua grande maioria enfrentam uma inimigo quase impossível de ganhar: a falta de pagamento após a conclusão do trabalho. A diária de uma faxina gira em torno de R$ 100 a R$ 150, dependendo do lugar do trabalho. O ganho mensal fica entorno de R$350 a R$500. AS passagens também pesam no bolso das mulheres.

Imagine chegar na parada de ônibus com o sol raiando. Pegar um ônibus lotado, às 6 horas e voltar às 20. Sempre com o pensamento nos filhos que deixou em casa com pouca alimentação. Sendo movida pela certeza de ao término do dia, ter dinheiro para fazer compras como leite, fraldas e carnes, se sobrar um iogurte para a criançada. Passar o dia entre roupas, panelas e móveis que não são seus, lustrando, limpando, lavando banheiros, enfim, tudo o que uma boa faxineira faz, e não ter o pagamento tão aguardado e ganho com muito suor?

Um trabalho duro e que poucas pessoas se dispõem a fazer precisa ser melhor remunerado e pagamento diário

E o que acontece quase que diariamente com muitas mulheres no país afora, e no Distrito federal não é diferente. Que o diga Kátia Vasconcelos, presidente da Ong Movimento Social Mulheres Em Foco do DF, que recebe denúncias e pedido de aconselhamentos de faxineiras e diaristas. A denunciante não quer expor seu nome por medo de mais represálias. Está confusa e um pouco amedrontada. Ao solicitar o pagamento do serviço feito, foi xingada e humilhada e chamada de preguiçosa, e o pior, não recebeu.

Contratada por uma pessoa, teve que ouvir barbaridades de outra que seria a responsável pelo pagamento. Inclusive com violência psicológica ao dizer que trabalhava em um presídio. É minha gente, respeito é bom e deve ser para todos. A diarista foi na delegacia e escutou dos agentes que deveria procurar um juizado de Pequenas Causas para receber o que lhe é devido.Vamos ressaltar o que é violência contra a mulher no quadro abaixo:

Ou seja, a diarista sofreu várias violências, conforme lhe informou Katia Vasconcelos, que a aconselhou a ir à delegacia da Mulher e fazer um Boletim de Ocorrência, o famoso BO. O Blog da Zuleika comprou esta causa e vamos alertando e divulgando para que todas tenham ciência de seus direitos trabalhistas e de respeito profissional. Vamos denunciar os abusos para que políticas públicas sejam construídas em prol desta classe.

O Blog da Zuleika relatou o caso destas mulheres que foram ofendidas no Vicente Pires e já entraram na justiça.

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