No Guará, temos várias professoras e professores da Rede Pública de Ensino que transformaram suas vidas e a de seus alunos no ensinar e no aprender constantemente. Temos algumas mais que especiais, que se destacam por ,além do magistério seguir carreira na política, como a professora e ex-administradora do Guará falecida, Márcia Fernandez, Teresa Maltese, que hoje dá nome à nossa escola técnica, numa homenagem pós-mortem e outras que continuam entre nós e que carregam uma bagagem símbolo da educação como a professora Sonia Dourado, que fundou a Casa da Cultura do Guará, a professora Sandra Eliana, responsável há mais de duas décadas pelo desfile cívico-militar no aniversário de nossa cidade, a Leodenice, pioneira na escola da Estrutural, a Nyedja Gennari, nossa professora multimídia e centenas de outras e outros que se sintam homenageadas nesta singela reportagem. Para não ser muito feminista, não poderia deixar de citar o professor Rodrigo de Paula, do Sinproep-DF, Afrânio Barros, ex-coordenador da CRE Guará, Kleber VilaNova, diretor do Polivalente de Brasília e Bernardo Verano. Aprendi e gosto de escrever porque tive excelentes professores.
Como ontem, 15 de outubro, rendemos várias homenagens ao Dia do Professor, comecei a pensar por onde andava a professora e ex distrital Maria da Guia Lima Cruz. O Blog da Zuleika foi atrás e trouxe para vocês um pouco da história de vida desta pioneira.
Por onde anda Maria da Guia?
Maria da Guia continua no ParkSul do Guará, e nos conta um pouco da sua experiência incentivadora.
Quantos anos lecionou
Após 51 anos como educadora diante da Escola da Vida, consegui atravessar avaliações e provações, com as quais aprendi que a contemplação do belo que existe no outro, nos faz enxergar com a alma! Da roça do Maranhão até aqui, fui professora municipal, Diretora de Escola, Diretora Regional, Secretária de Educação Municipal e membro do Conselho de Educação do DF.
Nós conte uma emoção no magistério?
A indicação para realizar o sonho da Educação Integral. Coube a mim a gratificante tarefa de implantação dos 14 CAIC’s, em 10 cidades satélites do Df. O que me possibilitou a indicação do MEC para um Intercâmbio Cultural de 40 dias na França. Foi um tempo lindo e de rico aprendizado!!!
E uma decepção?
Ver o desmanche político da Educação Integral em funcionamento. Foi uma exclusão da criança pobre na busca da igualdade de oportunidades!
Como educadora, mãe de 3 professoras, como você viu o papel dos professores na Pandemia?
Apesar do sofrimento na busca de soluções viáveis, foram os profissionais que mais se destacaram neste apagão mundial, se jogaram com sabedoria no ser e no fazer. Demonstraram ao mundo e a família,
quanto são importantes na construção de um novo tempo!
Politicamente, pensa em voltar à Câmara Legislativa?
NÃO voltarei. Ali tive apenas mais um rico aprendizado como cidadã.
Como viúva- mãe de 5 filhas que são um pedaço real do meu coração, fiz opção pela minha família e pela educação como partilha de AMOR eterno!
O que faz a professora Maria da Guia hoje?
Ela responde entusiasmada:
Continuo realizando atividades sociais culturais e religiosas, e como membro atuante:
Da Academia Internacional de Cultura;
da Academia Taguatinga de Letras;
da Academia Inclusiva de autores/DF;
do Conselho Nacional da CNEC;
do Conselho da Rádio Maria Brasil;
Consultora da Agência Ler mais Brasil;
e Vice-presidente “da Confraria de Cidadãos Honorários de Brasília!”
O fazer na educação, é fonte de inspiração e nos ensina que a essência do AMOR, é AMAR mais!
Maria da Guia, um exemplo de vida a ser seguido. Dona de uma inarredável e eterna disposição ao trabalho, mostra à mulher brasileira que em se plantando, tudo dá !
Acreditou sempre no poder transformador da EDUCAÇÃO, sem medo das dificuldades encontradas. E foram muitos os obstáculos. Superou a todos. Carregou em si – SEMPRE- a certeza de que diante de uma dificuldade, cada vez que se cede, menos se é. E é preciso SER. Ser na história. Ser na busca permanente.
Obrigada Mana Mãe querida, pela sua existência. 🌱