As fortes chuvas que caíram nos últimos dias no Distrito Federal tem deixado um rastro de destruição em várias regiões administrativas do DF, e não só no Plano Piloto. Incrustrada ao lardo de um córrego, a famosa e tradicional invasão da Vila Cauhy, localizada às margens do Núcleo Bandeirante tem dezenas de moradores desabrigados. Estão precisando de tudo. E quando a noite cai o terror assola os pequenos barracos, a maioria de madeira, que não estão de alvenaria por falta de regularização fundiária.
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Veja no post quais os locais que estão recebendo doações:
Quase desconhecida para a maioria dos brasilienses, a Vila Cauhy só aparece no noticiário em tempos de chuva, alagamento das ruas e perigo de desabamento das casas. A vila faz parte do Núcleo Bandeirante e tem esse nome em homenagem a um de seus mais renitentes defensores, Jorge Cauhy, comerciante, pioneiro, deputado distrital, morto em 2005.
A Vila Cauhy fica à margem da BR-040, próximo ao viaduto que liga o Balão do Aeroporto ao Núcleo Bandeirante. A ocupação urbana, até hoje não regularizada, começou há mais de 40 anos numa área destinada ao Clube de Regatas do Guará. A estimativa de número de habitantes varia de 1,4 mil a 5 mil, gente abrigada em casas modestas, muitas delas ainda em madeira, incrustadas à beira do Córrego Riacho Fundo, responsável por muitas das tragédias ocorridas em tempos de chuva.
Desde que ganhou a Praça da Vitória, dezesseis anos, a Vila Cauhy deixou de ser uma invasão escondida atrás do matagal e do lixo. Construída à entrada do bairro, a praça é um portentoso conjunto de equipamentos de madeira ; teatro de arena, coreto, pergolado, pracinha, academia ; ainda pouco utilizado pelos moradores. Talvez porque o que sobra em beleza falta em funcionalidade.
*Com informações do Correio Braziliense