A pandemia do coronavírus trouxe diversos problemas e afetou a vida financeira de milhões de pessoas. No Distrito Federal, uma categoria, a dos educadores físicos, vem sentindo diretamente os impactos com os fechamentos de academias, ou por lockdown ou por falta de recursos para arcar com os elevados custos. O que parecia ser uma luz no fim do túnel, com aulas nos parque públicos e gratuitos do DF, virou um Cavalo de Troia, com a possível cobrança aos educadores físicos que cobram por aulas ao ar livre e nos parque administrados pelo Ibram.
Sabem aquela foto inesquecível na Praça da Fontes no Parque da Cidade? será cobrada também. Fotos de noivos e grávidas no Deck Sul? cuidado que o inesquecível pode sair muito caro. O que mais temos de bonito no nosso quadradinho vai ser taxado e à população que tanto admira os nossos espaços verdes e querem eternizá-los em fotos.
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram), responsável pela gestão de 82 unidades de conservação (UCs) no Distrito Federal, regulamentou a utilização e conduta nos espaços públicos dentro de parques como o de Águas Claras, Olhos d´Água (Asa Norte) e da Península Sul (Lago Sul). Diversas atividades executadas por terceiros dentro dos parques serão taxadas. Os valores ainda não foram definidos.
Para Cristiano Monteiro, gestor ambiental, a questão é polêmica e a população deveria ser consultada. “Temos que ficar atentos e alertas á essas novas regras do (IBRAM), não pode ser um se colar colou com intuito de cobrar o uso posteriormente do acesso ao lazer e atividades físicas da comunidade. Também não acho muito justo nesse momento cobrar dos profissionais de Educação Física esses valores, com fechamento das academias muitos ficaram desempregados era um alternativa á crise. Com relação ao monitoramento, e regulamentação acho importante, esse tema merecia uma audiência pública e deveria ter passado no plenário da CLDF, pois envolve os parques de várias cidades incluindo o nosso do Guará, e diretamente a população de Brasília”, conclama o gestor
A instrução normativa n° 16, publicada no Diário Oficial do DF (DODF) de segunda-feira (12/4), traz os detalhes do que é necessário para o público utilizar os parques em eventos, feiras e aulas esportivas, entre outras atividades. Em casos de publicidade para fins comerciais, books, gravação de clipes e filmes, por exemplo, a captação de imagens nas unidades de conservação será permitida mediante autorização prévia e cobrança. Também será cobrada taxa em caso de aulas que não são gratuitas.
*Com informações do Metrópoles