Polêmica na inauguração da casa de passagem de mulheres no Guará

4
3264

Inaugurada no último domingo, 4/04, a Casa de Passagem para Mulheres, na QE 15 do Guará II, para mulheres e famílias em situação de vulnerabilidade social, não foi bem recebida por parte dos moradores da quadra, uma das mais nobres do Guará, com inúmeras mansões e próxima de importantes comércios como supermercados, Feira do Guará ,delegacia e estações do Metro-DF.

Cozinha moderna e ampla, com todos os equipamentos para que os alimentos sejam processados e armazenados

A polêmica e pressão dos moradores levou a primeira-dama e titular da Secretaria de Desenvolvimento Social-Sedes, Mayara Noronha, a se manifestar em sua rede social do Instagram sobre o assunto. “Esta casa de acolhimento é com muita dignidade para 30 famílias, recebemos um e-mail muito sério”. Ao ler o e-mail, Mayara Noronha falou como é difícil esta área sensível do GDF, onde parte da sociedade alega que é o estado que não acolhe os vulneráveis.. “A obrigação do governo é dar um lar para os moradores em situação de rua. É responsabilidade de todos. Não adianta levantar uma bandeira sobre estas pessoas e não aceitá-las perto. Temos que ter uma casa de passagem todas as cidades do DF. Eles, não vão para um lugar ermo. A situação é provisória e transitória e estão passando por dificuldade. Temos que apoiá-las”, explica a primeira-dama.

Mayara Noronha :O acolhimento é essencial para estas pessoas. Não pode ser de responsabilidade só do governo. É preciso que a população compreenda e respeite a dificuldade do outro.

No e-mail é solicitada a retirada imediata da casa de passagem. Os vizinhos alegam que não foram consultados antes da instalação da casa .” O impacto de trânsito e confusões são constantes ao redor de unidades de passagem e por isso solicitamos que seja revogado este ato ao estado anterior. O álibi de vulnerabilidade social não procede. estas atividades não pdoem estar em área “, cita um trecho da correspondência.

O Blog da Zuleika tem procurado ouvir a comunidade da quadra e encontramos muitas resistências nas falas. Os que se posicionam a favor da continuidade da casa de passagem tem medo de represálias dos que são contra por se tratar de vizinhança. muito próxima.

Berços, camas, armários para às mulheres e suas famílias

A presidente do Instituto Tocar, ONG que administra a unidade do Guará em convênio com a Sedes, Regina Almeida tem procurado ao longo dos dias dialogar com a vizinhança sobre a importância social da Casa de Passagem do Guará. “Explico a todos que nos procuram que estamos num contexto de crise social muito grande, toda nossa humanidade, e que as demandas sociais se ampliaram muito por conta da pandemia da covid-19, por razões do colapso da nossa economia. Temos centenas de mulheres e famílias em situação de vulnerabilidade social e o Instituto Tocar está comprometido em apoiar estas pessoas neste momento de crise. A dificuldade de aceitação está sendo grande e estamos aqui para ouvir a todos”, relatou a psicóloga.

Ao longo do dia vamos apurando as opiniões .Nos acompanhe!!!!!!!!!!!!!!!!!

4 COMENTÁRIOS

  1. Não sou contra o acolhimento dessas pessoas, mas existem áreas específicas para este fim. Moramos em uma área de residência unifamiliar e isso está defeso em lei e deve ser respeitado. Se o próprio governo não se vê obrigado a cumprir a lei, quem cumprirá? A área da Casa da Cultura está lá abandonada, porque não levar essa casa para lá? Já tivemos outra na vizinhança que só causou problemas. Se a área é imprópria por lei, que não se instalem lá!

  2. nós não somos contra casa de passagem so queremos em local certo , eu como morador nunca foi procurado por ninguems ,tanto desta instituição nem do governo moro de frente deste instituto tenho um filho autista nao tinha problema com barulho hora alguma , agora a realidade é outro .
    Agora imagine vc eu tenho esse probleminha e agora o governo trouxe esse problemão pra gente , nao tento mas paz na rua com entra e sai de carro toda hora, foras as outra coisa q nem vou relata.

    • Dentro da casa está abrigada uma família que tem uma criança pequena com Sindrome de Down. Imagine, você, se tivesse que morar na rua com um filho com down

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, insira seu comentário!
Por favor digite seu nome aqui