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Brasília recebe horta comunitária com acessibilidade no Dia Mundial do Meio Ambiente

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Iniciativa inédita do Instituto Reciclando o Futuro, localizado na 102 Sul de Brasília, realizou um sonho de infância da pedagoga Telva Lima, 40 anos. Cadeirante por ter paralisia infantil, Telva nunca pôde plantar ou colher verduras nas hortas que tinham nas escolas públicas pelas quais passou. O olhar era sempre de tristeza por se sentir excluida de uma atividade tão prazerosa na infância. Quem ia colocá-la na terra e depois tirá-la suja para sua cadeira de rodas?

Telva Lima com Simone Vaz, idealizadora da horta com acessibilidade, diz que é a concretização de um sonho de infância

Foi pensando nestas pessoas portadoras de deficência, seja de locomoção, visão ou audição, que a Horta Comunitária com Acessibilidade foi implantada no coração de Brasília. Uma horta urbana onde o deficiente foi contemplado com um olhar diferenciado de apoio às suas causas e sonhos. Renata D’Aguiar, presidente do Instituto não cabia em si de tanto contentamento pelo encantamento e singeleza da horta, idealizada por Simone Vaz e desenhada por Derek Von Behr, deficiente auditivo. “Nada Sobre nós sem nós”, frase de Telva Lima que marcou a inauguração da horta com acessebilidade, que contou com a presença de outros portadores de deficiência como a visão.

Os espaços entre um nicho e outro são largos para que cadeirantes e deficientes da visão possam transitar com tranquilidade durante o plantio

Com nichos elevados, os cadeirantes podem tranquilamente plantar e colher verduras como alface, cheiro verde, couve e outras hortaliças que podem ser plantadas e colhidas em uma horta urbana. Para os deficientes da visão, letreiros em braile serão colocados. Usando uma moderna tecnologia a favor do meio ambiente, as mudas já contam com QRcode para serem identificadas.

Renata D’Aguiar, ladeada por Simone Vaz e Jatobá, feliz com a conquista pioneira do Reclicando Sonhos

Outra palavra que o Blog da Zuleika aprendedeu com Telva Lima foi a inclusão atitudinal, que vem a ser a acessibilidade ao redor de onde você mora. “Ao sair de casa já encontro vários obstáculos para que eu possa pegar um simples ônibus, diz a representante da UPCD-União da Pessoa Com Deficiência no Distrito Federal. Segundo ela, entre as causas pelas quais luta, está a parte educativa perante toda a sociedade. “Precisamos de campanhas educativas que cheguem ao cidadão. Para que o respeito e as interações conosco sejam mais efetivas. Que em cada cidade sejam implantas comissões com portadores de deficiência. Nós é que sabemos as nossas necessidades”, reafirma a pedagoga.

Simone Vaz e Marcelus Oliveira, explicam aos deficientes visuais, como foi construída a horta suspensa

Outro representante dos portadores de deficiência que se sentiu contemplado foi Charles Jatobá, presidente da Blind Brasilia, que une os dificientes de visão em atividades como um canal no you tube e até uuma rádio MDV Brasília, que pode se sintonizada pela internet, com jogos músicase interações com toda comunidade.

” Uma inauguração desta horta suspensa na Semana do Meio Ambiente, pelo Instituto Reciclando o Futuro, da Renata D’Aguiar, demonstra que o meio ambiente pode ser acessível e é um exemplo de conquista social. Se pensou nos diferentes e nas diferenças O governo poderia dar um abatimento no IPTU para quem implantasse uma horta familiar, para que todos pudessem plantar e colher suas hortaliças dentro dos quintais das suas casas, seria um incentivo. Até em um apartamento podemos plantar”, esclarece Jatobá. Veja vídeo no @blogdazuleika no Instagram.

Esta reportagem é sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, mas é também sobre pessoas, por isso devemos incluí-las na educação e preservação ambiental. Os diferentes, a partir de agora, vão fazer a diferença e levar para suas regiões administrativas, a possibilidade de termos mais hortas comunitárias inclusivas.

zuleika

Quem é Zuleika Lopes

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