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Projeto de lei quer criar uma politica distrital de segurança nas escolas públicas do DF

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Thiago Manzoni apresentou projeto de lei para aumentar a segurança nas instituições de ensino do DF. O deputado contesta o que chama de glamourização dos crimes nas escolas

Os recentes ataques a escolas no Brasil têm preocupado os pais e o corpo docente das instituições de ensino, como no caso que aconteceu em Blumenau (SC), quando um homem de 25 anos matou quatro crianças a sangue-frio. Por isso, o deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) apresentou o Projeto de Lei 339/2023 na quarta-feira (26), que institui a Política Distrital de Segurança das Escolas Públicas (PSEP).

Em seu discurso na tribuna da Câmara Legislativa, Manzoni disse que o projeto de lei é uma tentativa de amenizar os riscos a que as crianças estão expostas, e ponderou que é uma medida necessária, mas que o fator principal é a revisão do nosso sistema penal e processual penal. Conforme fala do parlamentar, o sistema penal precisa estar de acordo com princípios e valores da população de maneira geral, porque a maioria não concorda e não aceita mais conviver com a impunidade e a glamourização do crime.

“Não é ataque às escolas, é assassinato,diz o distrital Manzoni

“O nosso sistema reflete essa glamourização do crime. Aquele covarde de Blumenau que entrou com um machado numa escola e assassinou quatro crianças indefesas e quando a gente liga a televisão ele é chamado de ‘o jovem de Blumenau’. Ele não é o jovem de Blumenau, ele é um assassino, ele é um criminoso, e tem que apodrecer na cadeia. Esse cara já havia sido preso quatro vezes e ele foi devolvido para a sociedade e hoje temos quatro famílias chorando a morte dessas crianças”, protestou Thiago Manzoni.

A sensação de impunidade revoltou a sociedade nos últimos dias, e muitos pais preocupados e desesperados procuraram o deputado Thiago Manzoni para buscar socorro e pedir segurança para seus filhos nas escolas. “Um sintoma evidente que faz com que nós estejamos aqui desesperados para cuidar de nossas crianças é que a gente chama de ataque. Não é um ataque à escola, é assassinato, é homicídio contra crianças indefesas por motivos torpes. Essa nomenclatura de ataque é uma glamourização indevida”, pontuou o distrital.

Militares do 4º BPM na Escola Classe 3 do Guará, na última semana

Outro sintoma dessa “glamourização do crime”, segundo Manzoni, é que nós vivemos em um momento social no Brasil em que nós não conseguimos chamar as coisas pelo nome. “Nós chamamos de suspeitos, os criminosos, assassinos e estupradores confessos. O estuprador, que macula a vida de uma mulher para sempre, daqui alguns anos ele está de volta e ele não foi castrado. A mulher estuprada foi maculada para sempre, emocional e fisicamente. Mas o estuprador, ele vai cumprir uma pena ali e depois ele volta para o convívio social. E nós nos acostumamos a conviver com isso”.

Manzoni encerrou sua fala enfatizando que nosso sistema penal e processual precisa ser revisto. “Nossa sociedade vive segundo princípios, valores e conceitos que não são adequados, e esses conceitos estão batendo em nossa porta e não sabemos como reagir”.

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Quem é Zuleika Lopes

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