Programação do aniversário da cidade, que tem mais de 140 mil habitantes, incluiu desfile cívico cultural e militar. O corte do bolo foi feito às 11 horas com população presente
A região administrativa que pulsa cultura no Distrito Federal (DF) celebrou 54 anos nesta sexta-feira (5). O Guará foi uma cidade construída por meio de mutirões entre as próprias famílias que vieram para Brasília em busca de melhores condições de vida. E quem escolheu o Guará para morar se apaixonou por cada praça, monumento e pontos culturais que marcam a região. Só neste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu mais de R$ 300 milhões em obras e infraestrutura na região administrativa.

Janaína Almeida tem 46 anos e é uma guaraense nata. Ela nasceu, cresceu e estudou no Guará, na Escola Classe 2 (EC 2). Hoje, é professora da rede pública de ensino e teve o privilégio de reviver o seu passado ao ser transferida para dar aula na mesma escola que marcou a sua infância, a EC 2.
Foi uma emoção muito grande estar de volta, como professora, à escola em que eu estudei”, disse. Para ela, a originalidade do Guará é o ponto forte da região. “Eu gosto como é conservado o gabarito daqui. No Guará I, só há prédios de três andares. A estrutura das pracinhas é a mesma há anos, no meio das casas. Aqui também é um mix cultural, tem o forró dos maranhenses, tem reggae, tem rap, tem rock. É uma cidade onde existe uma vocação cultural muito forte”, defendeu.

Para além da cultura diversificada entre os guaraenses, o Bomba — nome de um sanduíche idealizado por uma lanchonete no Guará —, a Feira do Guará, o kartódromo, a Casa da Cultura e o Parque Ecológico Ezechias Heringer são alguns dos inúmeros pontos que tornam o Guará uma das regiões mais cativantes do DF.
Miguel Alves, além de morador, é ativista cultural do Guará e trabalha na preservação da história da cidade. “Moro aqui há 49 anos. Quando cheguei, era só terra. A gente brincava nas manilhas, na argila”, relembra. “Tenho um orgulho imenso dessa cidade, que é próxima de tudo e produz cultura com muita facilidade. O Guará é um celeiro de artistas. Temos a Casa da Cultura, o Teatro de Arena, as praças. Essa veia cultural é o que mais me atrai na região”.

Hoje, o Guará acolhe cerca de 145 mil habitantes e é considerado uma região com pouca rotatividade entre os moradores. Reflexo disso é o envelhecimento da população, tendo em vista que, do total, cerca de 30% são idosos. Janaína pretende seguir o mesmo caminho: “Eu quero passar o resto da minha vida aqui no Guará”.

Investimentos
Construção de creche, hospital ortopédico e obras de infraestrutura são alguns destaques do que ainda será feito na região pelo Governo do Distrito Federal (GDF). O investimento, nessas ações, é de mais de R$ 300 milhões. Isso sem contar as benfeitorias contínuas feitas pelos órgãos executores em parceria com a administração regional, como roçagem, reforma e limpeza de bocas de lobo.

Somente em ações para tapar buracos, neste ano, foram mais de 600 toneladas de massa asfáltica e mais de 500 toneladas de lixo e entulho recolhidas.
De acordo com o administrador da cidade, Arthur Nogueira, o objetivo é aproximar a população do GDF. “Quero uma comunidade mais próxima aqui da administração. Estamos resgatando todos os projetos que estavam parados”, esclarece.

Ele relembra como o Guará foi marcante durante sua trajetória: “Cheguei aqui em 1988. No Guará, foi onde comprei meu primeiro apartamento e onde tive meu primeiro emprego. Esse lugar representa amor e paixão para mim, e a população pode contar conosco para que a cidade fique ainda melhor”.
