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Guará tem zero casos de homicídio no primeiro semestre de 2023

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Para o coronel Adauton Santana da Conceição, isso se deve em parte ao trabalho da polícia em relação a repressão às drogas

O número de homicídios na região administrativa do Guará em 2023 foi de zero até julho. Segundo o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar do Guará, coronel Adauton Santana da Conceição, isso se deve em parte ao trabalho da polícia em relação a repressão às drogas, principalmente nas áreas entre entre QE 40/Polo de Moda e QE 38.

O comandante afirma que o consumo de drogas no Guará, ocorre como nas outras cidades. “Existe de fato uma população que procura esse tipo de comportamento desviante, que seria o uso de drogas ilicitas”, considera.

Para o comandante, essas são as áreas que exigem uma atenção ‘mais diferenciada’. “Eu diria que são três áreas, a quadra 38, a 40 e o Polo de Moda”, ressalta. O policial descreve que no cenário dessas regiões, o efetivo se depara com maior frequência, com situações ilícitas em geral.

Coronel Adauton Santana é o comandante do 4º BPM há 2 anos

“Não só o uso de drogas, mas encontramos até tráfico, de forma que a gente tem essa preocupação e intensifica o policiamento”. Ele explica que o policiamento é distribuído por todas as áreas do Guará, que abrange as seguintes regiões: Lucio Costa, Guará I, Guará II, Park Sul e SOF Sul. “Essa é a área de atuação do 4o Batalhão”.

No dia 14 de julho, o comandante destaca que a Polícia Militar realizou uma operação no Guará, com a apreensão de 3 barras de aproximadamente 1 kg de maconha, 20 porções de cocaína, 9 pedras grandes de crack, 25 porções de maconha prensadas, 2 facas, 11 munições calibre 380, e R$50 reais em espécie. “Uma quantidade razoável de drogas apreendidas aqui para a região”.

O Blog da Zuleika recebeu diversas mensagens pela madrugada de moradores do conjunto T da QE38 sobre a ação policial militar na quadra

Segundo a última pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), a região do Guará é muito visada pelos traficantes, consequentemente, uma das cidades onde mais se consome drogas, entre as 33 regiões administrativas do DF. No entender da polícia como um todo, como explica o comandante, quando houve a mudança da Lei 6.368 para a Lei 11343, ocorreu a chamada descriminalização branca. “Antes o porte de droga e o próprio consumo dela, era prevista a pena de seis meses há dois anos. O que raramente manteria a pessoa na prisão, por conta do uso de drogas”, destaca. Mas com o advento da lei *, a situação se abrandou ainda mais. “Não tem nem previsão de pena”, adiciona.

Logo, para o comandante, é natural que as pessoas se sintam mais à vontade para usar drogas mais livremente. “A impressão que se tem, é que com esse cenário em que se tolhe menos, a lei não exige um comportamento mais assertivo por parte do cidadão. A impressão que tem, é que a pessoa não se preocupa mais”, salienta. Ele acredita que as pessoas ainda se esforçam para não ser pegas, mas ainda que sejam, a reprimenda não vai causar tanto incômodo. “Eles não desfilam com as drogas, mas ficam mais a vontade para o uso ilegal”.

Não só o consumo de drogas, mas outras atuações ilícitas preocupam o efetivo policial, na quadra 38, na 40 e no Polo de Moda. “Para ter uma ideia, hoje no Guará, estamos na primeira quinzena de julho, e a região não apresentou um homicídio ainda”, afirma. O comandante acredita que isso depõe a favor da cidade, e também, a favor da atuação da Polícia Militar. “Eu preciso acreditar nisso, porque senão eu abandono meu cargo”, reflete. Desde que ele assumiu o Batalhão, em 2021, os índices de homicídio na região vêm diminuindo. “Em 2021, o Guará fechou o ano com nove homicídios, que é razoável se comparado com as outras regiões administrativas no mesmo ano”. Em 2022, foram 4 homicídios ao todo.

Por trás dessa redução grande nos homicídios, também está a repressão de drogas. “Existe um trabalho sério, sobretudo a respeito da venda da droga, um empenho do nosso efetivo para estar fazendo frente ao comércio de drogas na cidade”. Não que eles não abordam o cidadão comum fazendo uso de drogas em via pública, mas o foco é maior a venda. “Quando se ataca a venda, a mercancia da droga, é natural que se reduza o consumo”, destaca. Sobretudo nas quadras que ele citou, o comandante acredita que a atuação tem sido efetiva. Para ele, eliminar as drogas, está no campo na utopia, mas a polícia tem trabalhado bastante para reduzir a venda. “Acredito que esses números em relação ao homicídio na região seja reflexo desse empenho a caça ao tráfico de drogas na cidade do Guará”.

*Com informações do Jornal de Brasília

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