Alice Arruda morreu em 19 de janeiro após contrair dengue hemorrágica. O DF já registrou mais de 16 mil casos da doença em 2024
Amigos e familiares da psicóloga de 29 anos, vítima de dengue no Distrito Federal, homenagearam a jovem na noite da última sexta-feira, com uma missa no Guará I. A celebração ocorreu na Paróquia São Paulo Apóstolo, comunidade que ela participava. Alice Arruda tinha 29 anos, morava na região administrativa e morreu em decorrência do tipo hemorrágico da doença, na última semana.
Os pais de Alice estão inconsoláveis. Os irmãos, incrédulos com a morte da moça. “Sempre teve o dom da palavra, do aconchego. Amava escutar e dar conselhos, não foi à toa que desde cedo escolheu a psicologia como profissão. Era incrivelmente apaixonada pelo que fazia. Se formou em 2020 na UnB e, desde então, sua atuação foi focada na área infantil, atendendo crianças especiais com Transtorno de Espectro Autista (TEA). Cuidar e orientar essas crianças fazia os seus olhos brilharem”, descreveram os irmãos de Alice, em um texto encaminhado ao Metrópoles.
A reportagem teve acesso ao atestado de óbito de Alice, que classifica a dengue como a causa da morte. Apesar de o óbito ter ocorrido em 19 de janeiro, o último boletim epidemiológico não contabiliza a psicóloga como uma das vítimas. Segundo a Secretaria de Saúde, a área técnica pode levar até 60 dias para incluir um óbito no boletim.
Outras paixões
Cruzeirense apaixonada, entre as metas estipuladas para 2024 estava assistir um jogo do time com a família no Mineirão, em Belo Horizonte (MG).
“A banda mexicana RBD também era sua paixão de criança e agora, em novembro de 2023, teve a oportunidade de realizar o sonho de assistir aos shows de reencontro do grupo no Rio de Janeiro”, completam os irmãos.
Cenário da dengue no DF
Até o momento, a Secretaria de Saúde reconhece, oficialmente, apenas três mortes pela doença no Distrito Federal. Ceilândia é a região administrativa com maior incidência de dengue, com 3.963 casos.
*Com informações do Portal Metrópoles