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Distritais comparam trabalhadores voluntários no DF com trabalho escravo

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Na sessão plenária da última terça-feira da Câmara Legislativa, foi votada a abertura de crédito adicional ao Orçamento do Distrito Federal, no valor de R$ 31,9 milhões, o qual destina R$ 26,4 milhões para o custeio de educadores sociais voluntários. A questão gerou debates acirrado entre os distritais. Lembrando que educadores voluntários exercem papel de suma importância dentro das salas de aulas nas escolas públicas do DF. São eles que auxiliam os alunos portadores de necessidades especiais, e como voluuntários não possuem direitos trabalhistas. O que ocorre é que a quantia recebida faz parte do orçamento de centenas de famílias, o voluntariado se tornou um meio de prover a casa e os filhos.

A destinação de recursos para os educadores voluntários levantou debate, em plenário, sobre a precariedade dessa modalidade de contratação pela Secretaria de Educação.

O deputado Chico Vigilante (PT) chegou a comparar esse trabalho a escravidão. Segundo ele, esses trabalhadores não têm nenhum direito assegurado e recebem R$ 10 por hora.

O deputado Roosevelt (PL) acompanhou o colega: “Recebem um valor insignificante dada a relevância do trabalho”.

Gabriel Magno (PT) e Jorge Vianna (PSD) também criticaram essa modalidade e cobraram a nomeação de professores, monitores e outros profissionais para integrarem a rede pública de ensino.

  • OPINIAO
  • Se os distritais estão realmente incomodados, será que não existe uma forma de interlocução junto ao GDF para que esta situação seja alterada, e o valor destinado seja reajustado? Tirar a renda, mesmo pouca, de centenas de mães é a solução? Tenho relatos de cuidadores que apanham dos alunos, são mordidos, arranhados, xingados dentre outras periculosidades da atividade.

Opinião de uma mãe

Respondendo sobre sua opinião sobre “tirar” essas vagas de emprego. Deveria olhar o outro lado também. Crianças e adolescentes com necessidades especiais que estão sendo atendidos por pessoas desqualificados, sem formação mínima. Quando há centenas de vagas ociosas de monitores ( do quadro de carreira com formação adequada e altamente qualificados), vagas ociosas de professores e outros profissionais do quadro de carreira da SES. Esse profissional educador social não segue as leis que tratam sobre a educação especial. No DF esse cargo foi criado de forma aberrante para que a lei não seja cumprida. Uma seleção pouco transparente, com uma pessoa que precisa ter apenas nível fundamental sem qualquer outra qualificação profissional pra ser “selecionado”. Como mãe que tem filha com necessidade especial, desejaria que esse cargo nunca sequer tivesse existido, que dirá que perdure. Esse cargo só mostra como educação do DF é tratada. Com intensa precarização do trabalho e diminuição significativa da qualidade da educação.
Em vez de só opinar sobre esses trabalhadores desqualificados, opine também sobre educação e assistência que pessoas com deficiência tem recebido e estão sujeitas com esses profissionais desqualificados.

Até pra cuidador de idoso se exige um mínimo de formação, porque um profissional que lida com deficientes pode ser contratado sem concurso, sem formação alguma.
Lamento o viés da sua opinião parcial de “olhar” o “trabalhador”.
Zilda Cavalcante

  • *Com informações da CLDF

 

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