Programação conta com artistas e companhias de diferentes territórios culturais do DF. Apresentações gratuitas acontecem dias 9, 12 e 26 de julho no Teatro Sesc Newton Rossi, no Teatro Nacional Cláudio Santoro e no Complexo Cultural de Planaltina.
Dos corpos que dançam no chão vermelho, nasce mais uma vez o Corpus Convida — Ritmos do Cerrado. Em sua segunda edição, o projeto expande o palco e abre os braços para a diversidade da dança feita no Distrito Federal, levando ao público um ciclo de encontros que reverenciam a ancestralidade e a potência do corpo presente.
A mostra de dança, idealizada pelos artistas e diretores Lenna Siqueira e Dilo Paulo, da Companhia Afro Contemporânea Corpus Entre Mundos, será realizada de forma descentralizada em três regiões do Distrito Federal — Ceilândia, Plano Piloto e Planaltina, com apresentações no Teatro Sesc Newton Rossi (dia 9), no Teatro Nacional Cláudio Santoro (dia 12) e no Complexo Cultural de Planaltina (dia 26).
As apresentações são gratuitas e contam com a curadoria de Naná Vianna e Leandro Lira, artistas que valorizam a ancestralidade, o corpo em movimento e as expressões culturais dos territórios.
Realizado pela Companhia Afro Contemporânea Corpus Entre Mundos, o projeto tem apoio do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC) e do programa SESC + Cultura.
“A mostra nasceu com o propósito de promover encontros entre artistas e públicos, criando experiências de troca, visibilidade e afirmação para múltiplos estilos de dança e para a cena cultural do Distrito Federal”, destaca a diretora Lenna Siqueira. “Trata-se de um convite à presença — à escuta do corpo, da memória e do território.”
Dez trabalhos serão apresentados nas três etapas da mostra e incluem grupos, duos e solos de dança. Entre os destaques da programação estão o grupo Empire, do Gama, que mistura ritmos como samba, funk, bossa nova e forró, e o Balé das Deusas, que apresenta coreografias voltadas para o samba e suas diversas manifestações.
“Estar presente no festival Corpus Convida representa, para o Balé das Deusas, um marco importante de reconhecimento e valorização da arte do samba enquanto linguagem cênica. Acreditamos na dança como expressão política, cultural e de resistência da nossa própria identidade”, destaca o criador do Balé, comunicador e produtor cultural Lucas Luz.
Serviço
Corpus Convida — Ritmos do Cerrado
9 a 26 de julho
9 de julho – Ceilândia Norte – Teatro Sesc Newton Rossi – 15h
12 de julho – Plano Piloto – Teatro Nacional Claudio Santoro – 19h
26 de julho – Planaltina – Complexo Cultural de Planaltina – 19h
Classificação Indicativa: Livre
Para retirada de ingressos (gratuitos): https://linktr.ee/corpusconvida
Observação: Nos dias 9, 12 e 26 de julho haverá intérprete de libras e programação em braile. No dia 12 de julho, audiodescrição.
PROGRAMAÇÃO
9 de julho – Ceilândia Norte
Teatro Sesc Newton Rossi | 15h
Gih Ferreira – Fulôrecer
Mylena Edna Santos – Do Caminho das Ancestrais ao Passeio até Aqui
Nathália Sol – Borboleteia
Fernanda Fernandes Muniz – A Gira
Empire – Brasil e sua versatilidade
Balé das Deusas – Expressão do samba
Companhia Corpus Entre Mundos – Semutsoc
12 de julho – Plano Piloto
Teatro Nacional Claudio Santoro | 19h
Gih Ferreira – Fulôrecer
Nathália Sol – Borboleteia
Mylena Edna – Do Caminho das Ancestrais ao Passeio até Aqui
Empire – Brasil e sua versatilidade
Balé das Deusas – Expressão do samba
Helena Bastos – A Queda
Companhia Corpus Entre Mundos – Semutsoc
26 de julho – Planaltina
Complexo Cultural de Planaltina | 19h
Gih Ferreira – Fulôrecer
Aline Sugai – SINTOMA
Lab Coreográfico – Se não fosse a borboleta, a lagarta teria razão
Nathália Sol – Borboleteia
Empire – Brasil e sua versatilidade
Balé das Deusas – Expressão do samba
Companhia Corpus Entre Mundos – Semutsoc
Saiba mais
Companhia Afro Contemporânea Corpus Entre Mundos
A Corpus Entre Mundos é uma companhia de dança afro‑contemporânea fundada em 2013 e atualmente sediada em Brasília, sob a direção de Dilo Paulo e Lenna Siqueira . Desde o início, a companhia se distinguiu por mesclar diversas culturas, danças e idiomas — com bailarinos vindos de Angola, Brasil, Suíça e Austrália. Entre os principais espetáculos estão Entre Mundos, Muhatu, Muxima (coração, em kimbundu), Semutsoc, Ekesa‑Sanko, Rareneger e Memórias da Água.
A proposta estética da Corpus Entre Mundos envolve o resgate das raízes africanas e afro‑brasileiras, explorando temas como identidade, ancestralidade, feminilidade, natureza e memória através de linguagens coreográficas profundas, ritmos e dramaturgia visual.
Além das apresentações nacionais e internacionais (incluindo Brasil e Angola), a companhia também desenvolve atividades pedagógicas como cursos, residências artísticas e oficinas. O grupo atua na promoção da dança negra contemporânea, oferecendo visibilidade, empoderamento e condições de empregabilidade a artistas periféricos e negros.