Os pilotos e comissários de bordo das companhias aéreas decidiram, nesta quarta-feira, 24, entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) – que representa funcionários de Gol, Latam, Azul, ITA, Voepass e Latam Cargo -, 50% dos trabalhadores deverão parar por dia, para manter parte dos voos operando.
A categoria pede um aumento de 15% nos salários, que não foram reajustados no ano passado devido à crise da covid. Ainda de acordo com o sindicato, as empresas ofereceram 3% de aumento.
A assembleia em que os trabalhadores decidiram deflagrar a greve ocorreu nesta quarta-feira, e segundo o presidente do SNA, comandante Ondino Dutra, teve a participação de cerca de 700 funcionários de companhias aéreas.
O setor da aviação foi um dos mais atingidos pela crise no ano passado e ainda não se recuperou completamente. Para sobreviver ao impacto causado pela pandemia, as empresas criaram programas de licença não remunerada – que foram sendo reduzidos aos poucos. A Latam demitiu 2.700 tripulantes, mas voltou a contratar em julho.
Procuradas, Gol e Azul não se posicionaram até a publicação desta matéria. A ITA não quis comentar o assunto. A Latam afirmou que, por meio do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA), “segue empenhada em buscar o entendimento com todos os tripulantes para que seja possível superar de forma conjunta as consequências da pandemia”. A empresa informou ainda que todos os seus voos programados para a próxima semana estão mantidos e que informará se houver alguma alteração.
Sindicato Nacional das Empresas Aéreas
A entidade que representa as companhias aéreas divulgou uma nota em que afirma que o SNA “incentivou a categoria a estabelecer estado de greve”, “abandonou as negociações” e ” não observou o rito legal previsto na Lei de Greve”.
*Com informações e foto do Estado de São Paulo