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A cultura do Cordel chega às escolas de Samambaia, Sol Nascente e Pôr do Sol

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Por Maria Felix

A dedicação e o empenho em estimular o interesse pela leitura tem transformado o professor Raimundo Sobrinho em celebridade na Ceilândia, onde ele desenvolveu o projeto A cultura do cordel em 40 escolas da cidade, envolvendo mais de 4 mil alunos do ensino fundamental e médio da rede pública, nos últimos cinco anos.

O ponto culminante de sua popularidade foi registrado recentemente, quando a Secretaria de Educação do Distrito Federal publicou o seu cordel “Todos contra a dengue” e distribuiu o boletim informativo em mais de 800 escolas. A partir de então, cresceu o interesse pelas oficinas dedicadas à leitura de cordéis, exploração do gênero, elaboração e revisão de textos.

Assim, seu trabalho será expandido para a rede de Samambaia, Sol Nascente e Pôr do sol. Serão 48 novas oficinas até 2026, abrangendo mais de 1400 alunos não só de Ceilândia, mas também dessas regiões. O projeto é apoiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC/DF), e conta com intérprete de Libras, de acesso a pessoas com deficiência auditiva.

Raimundo Sobrinho, professor da rede pública de ensino do DF

Raimundo Sobrinho, morador de Ceilândia, afirma que tem tido grande receptividade nas escolas e também na comunidade. “Isso me faz crescer o entusiasmo em propagar cada vez mais essa literatura popular, de fácil assimilação pelos estudantes”, observa ele. Atualmente, a Ceilândia abriga quase 70 por cento de nordestinos, sendo reconhecida pelo poder público como a Capital da Cultura Nordestina do DF.

A diretora da Escola Classe 15 de Ceilândia, a professora Mariângela de Oliveira, destaca que as oficinas de cordel têm estimulado os alunos a ler, a escrever e a interpretar textos, tanto que os 540 estudantes, entre seis a dez anos, adotaram as poesias criadas pelo professor Raimundo. “O que mostra que escrever literatura não é uma coisa inatingível, e é na infância que se deve incentivar o conhecimento por outras profissões, pois hoje a maioria das crianças só quer ser youtuber ou jogador de futebol”.

Em cada canto da escola, há murais com os cordéis de Sobrinho, organizados pelo professor Elvis Carvalho Silva que, com o envolvimento dos alunos, fez trabalho de pesquisa sobre a obra do escritor. Ele observa que “essa atividade contribuiu para a melhoria da leitura e da escrita dos alunos”. Na escola, todos os alunos possuem o livro “A arte do cordel”, de autoria do professor Sobrinho, espécie de cartilha onde ele ensina o passo a passo para se fazer uma poesia.

*jornalista, escritora, poetisa e apaixonada pela cultura regional nordestina

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