Próxima Caminhada Mulheres Feminicidio não será na estrutural, dia 3/11,com concentração a partir das 8 horas na Panificadora Estrutural, quadra 01, Avenida Comercial- Setor Leste
Por anda ela passa se torna motivo de muitos olhares e até de piadas machistas, como os homens perguntando pelo SuperMan. Desde o mês de agosto de 2019, que Lucia Erineta , presidente do Instituto Feminicidio Não incorporou a personagem e percorre as cidades do DF em busca de parceiras que possam, efetivamente, ajudar às mulheres em situação de vulnerabilidade social e psíquica, causada pelas condições que vivem com seus companheiros, namorados ou amantes. À mulher brasileira está sendo negado o direito de amar.Se ela ama, confia, se confia, é morta.
Mas quem é a Mulher Maravilha do DF? de onde ela surgiu? Qual sua trajetória de vida? A reportagem do Blog da Zuleika foi a campo entrevistá-la.
Quem é a Mulher Maravilha?
Lucia-É uma mulher forte, batalhadora, inspirada para vir ao mundo para trazer ao mundo asa boas novas a todas às mulheres que se encontram cativas de violência doméstica.Ela representa a simpatia, a garra e a beleza de todas nós.
Porque escolheu esta personagem?
-Foi escolhida porque com seus braceletes ela impõe um brado de vitória, com força e vitória.trabalhadora, empreendedora , uma mulher que sai à luta e defende.
Como surgiu a ideia das Caminhadas Contra o Feminicidio?
-Moro em Taguatinga e fiz uma reunião no meu prédio.Fizemos um primeiro encontro e conversamos, trocamos ideias e concluímos que precisávamos ir às cidades onde o foco de feminicidio é maior.
Como engajar às famílias?
Pretendemos engajar as famílias que estão em violência doméstica.Uma vez que as caminhadas adentram nas cidades, as mulheres aplaudem e tomam coragem para denunciar.Os agressores olham para nós e começam a se intimidar.As pessoas pedem nossos telefones e nos procuram. Tenho levado mulheres aos hospitais, às delegacias, acolho com muito amor.Alerto para as leis que existem para apoiar a mulher.Levo palavras de encorajamento para que elas criem forças para sair da situação vulnerável. Este é papel que o Instituto Feminicidio Não desempenha, o de acolhimento.
Nos conte sobre os abusos ocorridos em seu casamento?
-È muito dolorido, não consigo nem relatar todos. Dói, machuca muito.É real. Fui vítima de muitas maldades e abusos de violência doméstica. Sofri um cativeiro, debaixo do jugo de um homem por 13 anos, levando socos e murros dia e noite. Levei tiro de arma de fogo do primeiro e do segundo marido.Sobrevivi, mas fiquei com sequelas na fala, na audição total do lado direito e 85% no lado esquerdo, na mente, nos nervos. Tenho como meta combater este mal.Levanto esta bandeira porque eu quero que muitas mulheres sejam salvas.Deus vai romper com este mal.
O que a motiva ?
_ O que mais me motiva, quando eu vejo que toda semana uma mulher desce a cova.Toda semana uma mulher está morrendo.Isto não é normal, precisamos ir às praças, às ruas, nas rodas de conversas, temos que gritar.Este mal tem que cessar, levando a palavra de Mulheres Feminicidio Não
Qual a mensagem às mulheres?
-Que nos possamos unir forças.Nos empoderar, nos amar e sair das mãos dos agressores. Não adianta mendigar por um aluguel ou um prato de comida para um homem que vive te machucando.Vamos caminhar, vamos palestrar e dar um basta. Já existiam várias outras passeatas como a da Paz, Contra a Violência, mas a Mulheres Feminicidio Não foi idealizada por mim, devido ao alarmante número de mulheres mortas no DF e no Entorno neste ano de 2019.
Que bom esse movimento!!
Todas mulheres merecem respeito e liberdade de viver sem agressão!!!