Vítima de um atroz feminicídio praticado pelo seu ex-marido às vésperas do Natal, 24/12, a juíza Viviane Vieira teve sua precoce morte lamentada por vários tribunais de justiça brasileiros, e até a Suprema Corte Brasileira, o Supremo Tribunal Federal, se manifestou para o óbvio: a violência contra a mulher não tem classe social, curso superior e nem concurso público que a combata com eficiência. Todas as mulheres estão sujeitas a ter sua vida ceifada a qualquer momento, apenas por dizer não.
O Blog da Zuleika faz parte do Instituto Feminicídio Não no Distrito Federal e os relatos de abusos sofridos por mulheres são diários. As que sobrevivem às tentativas de feminicídio nunca mais são as mesmas. Vivem sobre a sombra do medo e da vergonha. As que se vão pelas mãos dos seus algozes nos deixam uma lição de que é preciso avançar nas leis de proteção às vítimas de abusos físicos e mentais.
A morte da juíza de Direito, Viviane Vieira, despertou a letargia do STF diante da tragédia que muitas sofrem em silêncio. Vejam o pesar do presidente Luiz Fux:
No texto, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, disse que a tragédia contra a mulher – as agressões na presença das filhas, a impossibilidade de reação e o ataque covarde – entrou nas casas em pleno Natal.
Fux expressa comprometimento com o desenvolvimento de ações que identifiquem a melhor forma de prevenir e de erradicar a violência doméstica contra mulheres no Brasil.
Ele encerra o documento declarando que a morte da juíza Viviane Vieira Arronenzi demonstra que é urgente o debate do tema e a adoção de ações conjuntas e articuladas para o êxito na mudança desse doloroso enredo pelas mulheres e meninas do Brasil.
Neste mês de dezembro, onde as bebidas são consumidas em alto grau e as festas agora são nas residências devido à pandemia da Covid-19, os ânimos afloram e tudo pode terminar em tragédias.
Foi o caso de Kenia Oliveira César que vive um relacionamento abusivo e manipulador há dez anos com seu companheiro, que já ultrapassou o relacionamento a dois e a violência passou para toda a família, que também a agridem. Seus relatos são fortes e emocionam pela forma como é tratada pela família que devia acolhe-la com amor e carinho. De ameaças às lesões corporais, conforme fotos abaixo:
Para Lucia Erineta de Ceia, presidente do Instituto Feminicídio Não, a luta pelas mulheres é diária-Trabalhamos com o empoderamento feminino para que elas sejam capazes de se libertar do agressor. Que abram os olhos que a violência só pode terminar em tragédia .São sequelas que ficam para sempre em nossas vidas, como no meu caso, que sobrevivi duas tentativas de feminicídio e hoje, ajudo às outras a se curarem da feridas da alma- diz em relato contundente.
*Texto de Zuleika Lopes com informações do site da EBC
o bom é que tudo isso vai em juizo para a defesa dela.Em nenhum momento citei algué a não ser ela.Vcs mesmo estão se denunciando.