Suas apresentações são sempre impactantes pela força da cultura que vem da África. Atualmente, o grupo escolheu a Casa da Cultura do Guará para seus ensaios
O Grupo Zenga Baque Angola foi fundado em 2017 e desde então vem percorrendo uma forte trajetória que atravessa as encruzilhadas da cultura popular entre o DF e Pernambuco. A partir do contato de batuqueiros de Brasília com o mestre Hugo Leonardo, regente da Nação de Maracatu Leão da Campina, surgiu a ideia de trazer a força do maracatu-nação para a capital. Batizado com o nome Zenga, que significa o caminho que se chega mais rápido, o grupo segue há 7 anos sendo filiado da Nação do Maracatu Leão da Campina e sendo cuidado espiritualmente pela Mametu Nadja Baléginam, matriarca do terreiro Kaiangu Kia Ítembu e sacerdotisa do Candomblé Angola Goméia.
Regido pela força de Exu, senhor dos caminhos, o Zenga traça em Brasília uma rica história de apresentações nos mais diversos eventos, festivais e regiões administrativas. Com ensaios sempre abertos e sem pré-requisitos para participação, o Zenga cumpre um importante papel de acolhimento, ensinamento e difusão cultural na cidade. Entre Brasília e Pernambuco, entre profissionais e amadores, entre a seca e a chuva, o grupo segue ecoando os ensinamentos ancestrais do maracatu, patrimônio cultural imaterial brasileiro. Ensinando o toque de alfaias, gonguês, caixas e agbês, o Zenga propaga a cultura de compartilhamento de saberes pela oralidade e pela vivência. Dessa fonte, já beberam centenas de brasilienses de todas as idades, com as mais diversas trajetórias. Cada um leva um ensinamento e deixa uma experiência e assim vamos girando a roda da cultura popular que segue viva e pulsante nos eixos da Capital.