13.5 C
Brasília

Mulheres sofrem violência na hora do parto aponta pesquisa da CLDF

Data:

Compartilhe:

Nota da Redação: A minha filha, Marina Aparecida Lopes D’alcântara, teve o parto no hospital Materno Infantil da Asa Sul, dia 18/03. Ao acompanhá-la, notei que todas as enfermeiras, médicas ou auxiliares sempre faziam a mesma pergunta: Você mora onde? você é casada? cadê seu marido? como se as respostas fossem ou sua raça fossem fatores determinantes para o cuidado ou o desprezo na hora do parto. Sutilmente, com tom de voz bem normal, falei que eu, a mãe, era jornalista. Será que foi impressão ou ansiedade para o nascimento da minha neta,Valentina ? Nos relate sua experiência nos comentários.

A pesquisa Dimensões da Violência Obstétrica no Distrito Federal, realizada pela Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Legislativa, apontou que a maioria das mulheres sofreu algum tipo de violência no momento do parto. As vítimas representaram 203 dos 338 formulários online preenchidos entre 11 de março e 14 de abril, o que equivale a 60% das entrevistadas. No total, 25% sofreram alguma violência psicológica; 15% passaram pela Manobra de Kristeller (técnica banida pela OMS de alto risco para mãe e bebê); 17% receberam ocitocina (hormônio utilizado para acelerar as contrações); 18% foram proibidas de terem acompanhantes; e 25% relataram atendimento com grosseria ou impaciência pelos médicos.

A procuradoria da Mulher da Câmara Legislativa, Júlia Lucy, responsável pela pesquisa, diz que a Casa está trabalhando para coibir esse crime e que será realizada campanha de conscientização e combate à violência obstétrica

A procuradora Especial da Mulher da Câmara Legislativa, Júlia Lucy (Novo), explicou que a quantidade de relatos recebidos sobre casos de violência obstétrica mostrou a necessidade de realizar a pesquisa. Os dados colhidos estão sendo utilizados no desenvolvimento de políticas públicas. “A Procuradoria da Mulher da Câmara Legislativa está atenta e trabalhando para coibir esse crime. Vamos iniciar agora uma campanha de conscientização e combate à violência obstétrica e o estabelecimento de protocolos de fiscalização em hospitais e maternidades. Trabalhamos para assegurar a segurança e a dignidade dessas mães e crianças” – ressaltou a deputada.

Marina foi para o centro cirúrgico após 12 horas de trabalho de parto induzido

A intenção da procuradora é acelerar a construção de mais casas de parto no DF que já possuem projetos prontos, como em Ceilândia, no Gama e também do Hospital Materno Infantil de Brasília. Em reunião com a presidência da Novacap em agosto, Júlia Lucy solicitou prioridade na tramitação dos processos para a concretização desses projetos. Atualmente, o DF conta somente com a Casa de Parto de São Sebastião.

publicidade
zuleika

Quem é Zuleika Lopes

1

━ Relacionadas

Sabadão do Forró anima a Casa do Cantador de Ceilândia gratuitamente

A cultura nordestina atrai forrozeiros de todas as idades com uma experiência imersiva no ritmo, patrimônio cultural do Brasil Neste sábado, 27 de julho, o...

É Lei: atividades com pipas devem acontecer em áreas abertas com pelo menos 500 m2

Está em vigor a Lei nº 7.469, de 2024, que proíbe o uso, a posse, a fabricação e a comercialização de produtos com a finalidade...

Investimento de R$ 17 milhões leva infraestrutura urbana a novas quadras do Guará II

Setor composto pelas QEs 38, 44, 48, 50, 52, 54, 56 e 58 ganhou drenagem pluvial, pavimentação, estacionamentos e sinalização viária Durante muito tempo, a...

Concurso de gostosuras guaraenses vai ser show de delícias para nós!

Você possui um talento especial na cozinha e tem aquele prato que sempre prepara bastante porque todo mundo gosta? Então não perca a oportunidade...

Fluminense: Magia de uma torcida

Por Raimundo Ribeiro O Fluminense recebeu o Palmeiras num maracanã com mais de 50 mil torcedores, e com menos de 1 minuto mostra o cartão...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, insira seu comentário!
Por favor digite seu nome aqui

error: Conteúdo protegido